Olá todos, começo hoje a postar aqui a linda historia de amor entre Julian e Noah, dois meninos, um completamente aberto, o outro fechado e, aterrorizado com o preconceito.
Venham se apaixonar e torcer para que eles consigam superar e conquistar todo o amor e felicidade que merecem .
Apenas lembrando que somos todos livres para ler o que gostamos , se não gosta não leia.
Comentários homofóbicos serão excluidos.
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SEDE DAS EMPRESAS FOX - NOVA IORQUE
Julian Nathanael RedFox
Prólogo
Levantei minha mão e liberei o handfree que tinha preso ao meu ouvido. Apoiei a testa junto com minhas mãos sobre o vidro frio da janela da sala do escritório, levei um bom tempo para me recuperar. Era sempre assim, um jogo que eu nunca estaria disposto a perder, e esse era só mais um.
A adrenalina corria em minhas veias, fazendo meu coração bater fora do compasso e minha respiração ficar superficial e acelerada. Eu estava eufórico. Queria dividir minha alegria com alguém antes que a sensação me abandonasse. Sabia que tudo estaria acabado em questão de horas e, assim, eu teria que buscar um novo jogo, novos jogadores e começar uma nova disputa.
Virei-me, ainda sorrindo sozinho. Vi Poul sentado em meu sofá, com um dos tornozelos apoiado sobre o joelho, me encarando com cara de poucos amigos.
— Que foi que eu fiz? — encarei-o de volta.
— Nada. Nem sei por que ainda fico bravo. Sempre foi assim. — Levantou-se, passando a mão pelos cabelos loiros rebeldes, bagunçando-os.
— Se você não me falar, como vou saber o que fiz de errado? — Parei no meio da sala e o enfrentei, ele poderia até pensar que eu podia adivinhar o porquê de toda sua frustração, mas não, eu estava completamente perdido.
— É que sempre acontece, você esquece a hora de tudo quando está nesse seu maldito jogo. Estou cansado, estou com fome, e você sequer notou quando entrei — esbravejou.
— Me desculpe, Poul. — Quando o ouvi dizer isso, lembrei-me que o havia chamado para almoçar comigo, isso foi só um pouco antes de eu receber a ligação dos empresários Indianos. Ele tinha razão.
— Esquece, vamos comer. Eu estou realmente esfomeado. — Ele levantou a mão para eu me calasse.
— Desculpe-me, mas eu me esqueci completamente. Já é tão tarde assim? — Tentei novamente.
— Já. Já passa das duas, eu estou com fome, cansado de esperar e, para completar, mal-humorado. Vamos. — Poul geralmente era tranquilo, para que ele estivesse me dando uma bronca era porque estava realmente chateado.
— Você sabe que há meses estou negociando a compra dessa fábrica na Índia. Por fim, fechamos o negócio. — Percebi pelo olhar dele que tinha conseguido piorar minha situação.
— Sim, você pensa que eu não entendo? Hoje foi na Índia, amanhã vai ser na China, sempre haverá uma empresa em problemas, e você sempre estará lá para terminar de destruí-la, chega! Cansei, estou com fome, cansado de mau humor. Estou indo, tchau. — Ele girou indo em direção à porta. Tratei de impedi-lo, não gostava de vê-lo chateado.
— Ei, Poul, tudo isso porque perdi a hora do almoço? — Trouxe-o pelo braço, fazendo-o sentar se novamente.
— Está difícil. Você é um cara inteligente, prova disso que com 30 anos já é um dos 10 mais ricos do planeta. Então como não pode entender o que estou dizendo, Julian? Você está se destruindo. Pare com isso, não consigo mais assistir.
— Não consigo, Poul. — Desabei no sofá ao lado dele.
— Conheço você desde a faculdade, Julian, mas nunca soube nada do seu passado, só conheci seus pais. Sei que você tem amigos que te querem, eu sou o primeiro da fila, mas você é solitário. Desde que nos separamos, você vive para isso que chama de trabalho. O que você faz quando não está jogando? Porque isso não é trabalho, é um jogo.
Fiquei olhando para ele. Era a primeira vez que eu via Poul explodindo e perdendo o controle comigo. Ele disse isso e se levantou, deixando-me sentado, pegou o interfone e ligou para o meu assistente:
— Chris, peça algo para comer, para mim e para o senhor Fox. Você conhece os nossos gostos.
Dito isso, ele voltou sua atenção para mim. Agora que ele tinha começado, sabia que não iria parar. Mas meu passado era isso: meu passado. Não estava a fim de acordar os demônios que tanto tinham me custado pôr para dormir.
— Escute, Poul, não quero falar sobre isso. Por favor, não me force a lembrar o que eu quero esquecer.
— O que é tão terrível no seu passado? Desculpe-me insistir. — Ele se ajoelhou em frente a mim e tomou minhas mãos entre as dele, levou-as aos lábios, beijando os nós dos meus dedos.
— Por favor, não, Poul, levei anos tentando esquecer. — Senti uma pressão no meu peito. Levantei-me, saí do meu escritório e fui até a sala de reuniões. Estava começando a sentir um ataque de pânico, precisava me acalmar. Sentei-me, baixei a cabeça entre meus joelhos, fechei meus olhos e inspirei profundamente várias vezes até me sentir mais calmo. Ouvi a porta se abrindo, imaginei ser Poul entrando.
— Desculpe-me, Julian, não pensei que fosse tão grave. Sinto muito. — Levantei minha vista e o vi parado em minha frente, estava desolado.
— Tudo bem, você não tinha como saber. Mas, por favor, nunca mais volte a perguntar sobre o meu passado.
Chris bateu na porta, pouco depois a entreabriu e colocou a cabeça pela abertura, avisando-nos que nosso almoço, já estava em minha sala.
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Se chegou até aqui e, se gostou não esqueça de deixar uma estrelinha, elas são muito bem vindas e, eu agradeço.
Estamos apenas começando, Julian ainda tem um longo caminho pela frente.
Espero que tenham gostado.
Até o próximo encontro.
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Amor & Preconceito. ( Degustação, Livro Completo na Amazon)
RomanceRomance LGBT/GAY Homoerótico 18 +: Até onde você iria para se proteger contra o preconceito? O que você estaria disposto a perder a fim de não se expor? Quando o preconceito é mais forte, podemos perder tudo, até nossa própria identidade. Julian Fo...