Assim que cheguei em casa não consegui dormir, fiquei pensando sobre tudo. O que havia feito, o que tinha visto e o almoço marcado.
Já era alta madrugada quando consegui tirar um cochilo, mas ao acordar estava mais disposta do que qualquer outro dia.
Acordei minha filha e fiz as panquecas que ela tanto adora, fui na feira comprar tudo fresquinho.
Cheguei em casa, comecei a preparar o almoço, arrumei Fran e fui me arrumar. Suava frio, parecia que era uma adolescente vivendo o primeiro encontro.
Na hora marcada Ana chegou, vestia um vestido salmão, soltinho e com um bom decote, demorei olhando para ele e isso não passou despercebido.
O Almoço seguiu tranquilamente, sem farpas. Parecíamos uma família de comercial de margarina.
Ana me ajudou a limpar a cozinha, enquanto Fran assistia desenho na Tv.
Fomos para sala e a pequena dormia, fui pegá-la para colocar na cama e Ana quis fazer isso. Ficou olhando emocionada para minha filha, quando vejo que ela estava chorando.
- Ana, o que foi?
- Eu... Será que um dia terei isso? Uma família?
- Você já tem uma família se quiser.
Tomo-a em meus braços, apertando-a em mim, quando nos afastamos, olho em seus olhos ali presos aos meus, não me contenho. Roço meus lábios aos dela, saboreando aqueles lábios macios em um beijo calmo que ia se intensificando, vou afastando dali, enquanto ela gemia contra meus lábios. Uma chama queimava dentro de mim, descia os beijos para seu colo indo de encontro aquele decote generoso. As respirações misturadas, podia sentir o cheiro de sua excitação mas subitamente ela se afasta.
- Não podemos! Isso foi um erro, Paola.
- Não, não foi um erro.
- Foi, pra você pode não significar nada. Mas eu respeito as relações que tenho.
