Acorda Amélie, mais um dia perfeito está começando

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 Acordei com o raiar do sol, como sempre. Não entendia porque acordava automaticamente neste horário, todos os dias. Parecia que meu corpo era acostumado com isso desde que era pequena.

 Vou até a janela, abro a cortina. Minha janela tinha vidro escuros que me impediam de olhar pra fora e de me verem aqui dentro também. E tinha grades por fora. E era cadeado e eu não tinha a chave.

 Me levantei, pronta pra começar mais um dia perfeito. Me troquei e fui direto para a cozinha.

 Desci as escadas correndo. Eu tinha a vida perfeita. Uma biblioteca em casa, sala de jogos, sala de cinema, salão de festa, sala de estudos e tudo que meu pai pode me mimar desde que era pequena.

 Como eu estava sozinha em casa como sempre e papai estava no escritório trabalhando, eu liguei meu cd preferido no rádio da cozinha e comecei a dançar tomando minha xícara de café.

 Eu não sabia aonde papai trabalhava, só sabia que era muito longe. Morávamos numa colônia fechada por pessoas católicas, aqui era muita rigidez. E ninguém aqui falava minha língua, apenas alemão. Por isso que eu nunca tinha ninguém pra conversar.

Minha casa era inteira preta e muito linda. Eu amava meu jardim. Todo final de tarde eu e papai sentávamos um pouco ali fora pra eu pegar um ar e eu ficava lendo um livro.

 Todo final de tarde eu e papai sentávamos um pouco ali fora pra eu pegar um ar e eu ficava lendo um livro

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 Não tinha vizinhos por perto, morava no mais fundo da colônia, na ultima casa, perto de um rio.

Você está segura em seu quarto,  AmélieWhere stories live. Discover now