— Tola – era a décima vez que dizia isso para si mesma, como pode deixar se apaixonar? Queria cavar um buraco e enfiar sua cabeça, se ao menos fosse por um cara legal, responsável e "amoroso" não se importaria, mas não, tinha que se apaixonar pelo mais difícil. Ela sempre foi assim, tinha mania de gostar das coisas que não podia ter ou pelas coisas mais difíceis. Seu celular começou a tocar, olhando o visor viu que se tratava de Scarlett, então atendeu rapidamente.
— Oi.
— Posso ir na sua casa?— perguntou um pouco afobada – Preciso te contar uma coisa.
— Claro.
— Ah, seu pai não esta em casa, certo? – perguntou novamente meio apreensiva.
— Não, não está! Pode vir tranquila.
— Em meia hora chego ai – e assim desligou o telefone.
Luna sabia o quanto o pai não gostava da amiga. Scarlett namorou seu primo mais velho, Christian Collins, eram apaixonados, mas seu pai, no qual criou Christian dês de novo, não gostava nada do romance dos dois, acreditava que Scarlett era má influencia para Christian, então tratou de afastar-los. Com o passar dos anos, mesmo não gostando da amizade da filha com a garota, nunca a proibiu de serem amigas, dês de que, ela ficasse longe da casa dos Collins.
Aproveitando o tempo que Scarlett demoraria para chegar, tomou um banho e colocou uma roupa mais leve. Um tempo depois ouviu a campainha tocar e tratou de descer para atender antes dos empregados.
— Já não te falei milhares de vezes para me ligar quando estiver aqui. Se um desses empregados falarem para meu pai que você esteve aqui eu estou morta! – falou surrando para que ninguém a ouvisse.
— Desculpe, eu esqueci que seu pai me acha, como eu irei dizer isso... Ah é! Uma puta! – falou um pouco raivosa pela atitude do patriarca da casa. Luna ia responder quando ouviu um barulho vindo da cozinha.
— Depois falamos sobre isso, agora suba para meu quarto, um dos empregados está vindo – Scarlett nada disse e subiu rápido pelas escadarias, mas com a maior cautela possível, não poderia fazer um barulho sequer. Assim que ela terminou de subir todos os degraus Luna avistou Helena, uma emprega já de idade e muito bondosa, provavelmente não teria escutado a campainha tocar.
— Senhorita Luna desculpe a demora para atender a porta, estava ocupada com algumas coisas – Helena disse um pouco envergonhada.
— Tudo bem vovó – falou se aproximando – Eu já disse que não precisa me chamar de senhorita, só Luna, está bem?
— Seu pai não gostaria nada disso senhorita Luna! – falou limpando a mão do avental – Apesar de demorar para abrir a porta vi que se tratava da menina Scarlett e, a senhorita sabe que seu pai não a quer aqui, pode acabar se metendo em problemas!
— Helena eu sei disso, mas por favor, não conte nada ao meu pai, Scarllet é uma das poucas amigas que tenho na cidade tirando Olivia que agora está viajando em lua de mel com meu primo – estava praticamente implorando para que a senhorinha não conta-se nada ao seu pai.
— Não contarei nada menina, mas tenha mais cuidado, se fosse outro empregado contaria tudo ao seu pai – a repreendeu – Vá suba, sua amiga está esperando.
Luna sorriu com a atitude da mais velha, depois que sua mãe morreu, Helena sempre cuidava dela e de sua irmã mais nova, Lisa, ela era como uma avó. A abraçou em agradecimento e subiu correndo para o quarto, assim que terminou de subir todos os degraus, entrou em seu quarto se deparando com a amiga mexendo na sua estante de livros.
YOU ARE READING
Frágil Amor.
RomanceEla só queria alguém que preenche-se as linhas em branco do livro da vida dela , mas acabou por se enganar. Aquilo que ela estava vivendo estava longe de ser uma escrita perfeita. Luna achava que sua vida era rotineira de mais, até o dia em que se a...