Inspirado por "If You Say So" da Lea Michele; também inspirado em A Culpa é das Estrelas e Um Amor para Recordar. Pois é. Meu conhecimento sobre as doenças citadas e seus tratamentos é graças ao Google, então, não confiem nos meus diagnósticos haha. A diferença de idade entre eles aqui é só de um ano.
"Vou deixar essa história em aberto porque estou com ideias pra histórias CURTAS" - Eu, antes de escrever uma one-shot de oito mil palavras.
Boa leitura! :)
"Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é uma partícula do continente, uma parte do todo; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti". - John Donne.
QUATORZE/QUINZE ANOS.
Harry Styles tinha quatorze anos de idade quando conheceu Louis Tomlinson, no hospital Turner Wilkinson.
A mãe de criação de Harry, Anne, havia levado seu filho para mais uma de suas consultas de rotina com seu médico, Dr. Ryan. Harry estava sentado do lado de fora do consultório, esperando sua mãe terminar sua conversa com o doutor.
Ele odiava aquele lugar. Odiava ficar naquele hospital. Não aguentava o fato de que não sabia até quando teria que ir, ou o fato de que talvez só parasse quando morresse mesmo. Como em todos os outros hospitais, ali cheirava à doença - e morte, algumas vezes. Era triste.
Não levem Harry a mal, afinal, ele pensava dessa maneira porque também estava doente. Tudo por culpa de uma irresponsabilidade de seu pai, esse que hoje em dia nem fazia mais parte de sua vida. Felizmente.
O problema era que ele não queria ter que estar ali por culpa daquele infeliz. Não queria ter que ficar do lado de fora do consultório toda vez que iam ali, só porque sua mãe tinha medo do que o médico diria a cada nova consulta. Ela tinha medo de que, de uma consulta para outra, Harry escutasse que a doença poderia ter avançado. Que talvez não houvesse como começar um tratamento diferente nele. Que ele fosse morrer logo.
Todos os familiares de Harry diziam que ele era revoltado com a vida. "Você não é doente, querido, só tem o vírus, você pode ter uma vida saudável", "Você deveria agradecer por estar vivo, Harry" e, a melhor de todas, "Ninguém percebe que você está doente. Você tem a aparência de um menino saudável".
No fim das contas, ele só estava cansado emocionalmente de toda essa ladainha.
Apesar de ser jovem, Harry vivia com a cabeça cheia de preocupações, e só queria que as coisas fossem diferentes. Por que ele tinha essa doença? Por que sua mãe biológica havia morrido? Por que seu pai tinha feito isso com ele?
Porque sua vida parecia tão complicada?
Harry passou a mão pelo rosto, se arrumando no banco onde estava sentado. Bufou e encostou a cabeça na parede.
Repetia o mantra de cansaço em sua mente, até que percebeu que havia chegado outras pessoas no mesmo lugar em que ele estava. Harry notou que um garoto sentou-se ao seu lado em um dos bancos, e ele parecia inquieto, pela forma como se mexia sem parar.
- Oi! - Harry ouviu-o dizer, e se virou para olhá-lo. Ele aparentava ter quase a mesma faixa etária que Harry, porém o garoto era um pouco franzino, e talvez isso influenciasse um pouco em disfarçar a idade pela aparência.