A noite em que Manuela envolveu não apenas suas asas ao corpo despedaçado de Keylor Navas, mas também a sua alma, junto de seu coração e consequentemente, perdeu seu juízo.
Um spin-off da minha fanfic "Dusk Till Dawn".
• Baseada na música Wings, da dupla britânica Hurts/
• Não recomendada para menores de 16 anos/ eu peguei leve, vai.
ENVOLVA SUAS ASAS AO REDOR DO MEU CORPO.
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São Paulo, Brasil, Novembro de 2018.
A vida e suas surpresas já subentendidas.
Manuela ainda olhava com certa fascinação para o rosto de Keylor, enquanto os dois se dirigiam para fora de seu apartamento, o casal sendo abençoado pelo sol árduo da cidade antigamente da garoa. Os raios faziam questão de bater no rosto do goleiro, destacando seus traços, traços por quais Manu se via perdida, sempre que olhava para eles. Um paraíso que seus olhos contemplavam, assim como a música de uma de suas cantoras preferidas dizia: "O paraíso é um lugar na terra com você."
Para ela, Navas era um anjo esculpido especialmente para destruir suas estruturas.
E para ele, Manu se tornava a cada dia o seu recanto. A sua nova chance.
Os dois saíram em silêncio do prédio, andando lado a lado mas sem se tocarem, pelas ruas da região Oeste de São Paulo. A mão da mais nova pinicava, querendo sentir a maciez das mãos do homem que considerava ser um ser divino ao seu lado, mas por questões mais centradas, decidiu ficar só na vontade, respeitando o espaço deles em meio ao público.
Mas parecia que Keylor sequer estava preocupado com essas questões quando, gentilmente aproximou a mão do braço da jovem, dedilhando seu pulso, arrepiando os pelos presentes no corpo da jovem até encaixar seus dedos macios nos dedos finos e delicados dela. Segurou com força e direcionou o olhar para ela, que tentava evitar a vermelhidão recém formada em seu rosto, além do breve sorriso de satisfação tomando conta de sua boca.
Por quanto tempo ela esperou esse contato?
Por quanto tempo ele lutou para evitar de tocá-la com mais virtude?
Nada mais os impedia.
Nada.
— Ali tem um ponto de táxi. — Manu disse depois de engolir o nó em sua garganta, após — Já pensou um local bom para irmos?
— Você que manda. — Falou olhando para o seu rosto ainda vermelho. — Sou um mero estrangeiro, um turista perdido. Quero que mostre tudo que quiser. Tudo que há de belo aqui, além de você.
— Suas palavras, elas me deixam sem saber o que falar. — Falou com certo embaraço, o encarando sem jeito, observando o riso se formar no rosto do goleiro. Sorriso que tirava o seu sono, a sua sanidade, destroçava seu equilíbrio, bambeava suas pernas.
