20. Vieux-Port

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|| Harry ||

Encarava meu celular sem ânimo, espera que Louis respondesse minhas mensagens mas parece algo que ele não fará no momento.
Ouço o barulho da porta do banheiro e encaro a garotinha que me leva a loucura desde que a vi na praia. Ela usava um conjunto preto, o que me surpreendeu...para ser mais específico, ela usava uma saia, não que seja inesperado por mim, e uma camisa de manga longa com uma lua estampada.

"Lua" Digo fitando a garota e tentando recuperar o ar "Eu gosto da lua"

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"Lua" Digo fitando a garota e tentando recuperar o ar "Eu gosto da lua"

"Eu também" Ela da uma voltinha, fazendo sua saia esvoaçar e minha sanidade virar pó.

Como ela pode ser tão adorável ? Tão perfeita ? Tente achar algum defeito em Lola Borella e me diga, porque eu estive a observando a muito tempo e não encontrei um sequer.

"Ok, Sweetie pare" Digo e ela para de brincar com sua saia "Vamos ?" Falo chegando mais perto.

"Sim, mas para onde ?" Ela me estende a mão e eu a pego como se fosse a coisa mais delicada do mundo.

"Você vai gostar"

(...)

"Bem vinda a Vieux-Port" Falo o melhor francês enrolado que consigo "Ou Porto Velho, sem todo charme, claro"

"Nossa..." Ela olha para a área verde a nossa frente e depois para o Rio Saint-Laurent ao lado "É lindo...Dá até vontade de..." Antes que eu pudesse entender suas intenções, vejo Lola tirar os sapatos e começar a correr pelo gramíneo, agora só de meia.

Eu não conseguia tirar meus olhos dela nem por um momento, como se ao menor distanciamento do meu olhar ela fosse sair flutuado por aí. Se não conhecesse cada passo de sua vida, juraria que aquela garotinha que saltitava ao meu redor devia ter seus belos e puros 14 anos. O que graças a Deus era só impressão, pois isso tornaria tudo tão mais ilegal do que já é.

"Venha Daddy, tire seus sapatos" Ela desacelera os movimentos e vejo a cabeleira rosa despenteada parar na minha frente "Sinta a grama, por favor" Antes que eu pudesse dizer que não, seu biquinho pidão me deixa na palma de sua mão.

Tirei meus sapatos, deixando os mesmos do lado do par de Lola e começando a correr entre as árvores com ela. Alguns olhavam para nós e sorriam, como se sentissem a felicidade da garota de olhos castanhos.
Eu podia sentir sua felicidade, ela emanava pelo local. Era com se voltasse a ter dez anos de idade, esse era um dos poderes de Lola, além de ser completamente apaixonante.

Lola, depois de algum tempo, se joga na grama cansada e eu faço o mesmo, com mais delicadeza. Ela virou-se de bruços e encarou a construção antiga em nossa frente, como se analisasse cada centímetro do prédio.

"Sabe, se você olhar muito acaba chorando" Digo e olho para o monumento, sempre tive fraco por coisas antigas.

"Estou quase" Ela se levanta, faz um coque e volta a se deitar " É tão detalhado, como uma..."

Stockholm Syndrome                                   || H.S ||Onde histórias criam vida. Descubra agora