Stockholm Syndrome || H.S ||

21. Why are you so obsessed with me ?

|| Lola ||

Os dias em Montreal estavam perfeitos e como tudo que é muito bom na minha vida acaba dando errado, também aconteceu com Montreal.
No nosso último dia em Montreal, Harry me levou para conhecer a Luxury de lá e acabamos por encontrar Ed novamente, os dois tiveram outra briga e Harry descobriu sobre a minha mentirinha.
Acabei minha noite sendo espancada novamente pelo Senhor Esmeraldas, ouvindo que minha traição foi intencional. Eu não gosto de mentir, só não queria ver Harry bater em Ed novamente prefiro que seja a mim, pelo menos sei que seus tapas são cheios de amor.

Meu Daddy é tão apaixonante, ele me mantém amarrada, não com cordas, mas com batidas do seu coração. E cada vez eu queria que ele me amarrasse mais apertado, isso é normal...certo ? Espero que sim !

Estávamos desembarcando em Toronto nesse exato momento. Não conseguiria ver nada mais do que o Aeroporto, então só deixei que Daddy me puxasse pelo pulso, como ele insiste em fazer, até o carro grande e preto.

"Quero que se comporte na casa do Mr. Mendes" Harry diz depois de me jogar dentro do carro e se sentar ao meu lado "Nada de falar sobre nós para Jane" Volto a minha cabeça, que estava virada para a janela, para encarar Harry que mexia no celular.

"Jade" Corrijo sem emoção e começo a batucar com as pontas dos meus dedos no apoio da porta.

"Tanto faz" Ele guarda o telefone e me encara como se quisesse falar algo "Se comporte, se não, terei que te punir e mesmo que seja delicioso, eu não gosto de fazê-lo sempre" O cacheado diz com a voz arrastada dando uma risada no final da frase. "Quem eu estou enganando ? Eu adoro te punir, mas seja uma boa garota para o seu Daddy" Ele fala enquanto acaricia minha coxa descoberta pelo vestido.

"O-ok, Daddy" Desvio meu olhar do seu e encaro a cidade colorida que é Toronto.

Cada pedacinho daquela cidade parecia intrigante, não se via muitas casas só prédios enormes e bem iluminados. Depois de vinte minutos o carro para em frente à um prédio preto e imponente que tem detalhes espelhados e cromados dispostos por todo seu corpo, pelo menos a parte que eu conseguia enxergar com clareza. Quando sai do carro percebi o tapete vermelho que percorria a rua até a porta luxuosa do Edifício e os pés dos seguranças, eu acho que eles eram isso. Um deles sorri para mim quando abre a porte e eu retribuo sentindo a mão de Daddy apertar meu pulso, quando penso em reclamar de dor, Daddy larga meu pulso com violência.

"Em que posso ajudar ?" Uma mulher com dentes extremamente branco e os lábios extremamente vermelhos, sorri maliciosamente para Harry.

"Vim para ver Mr. Mendes" Ele olha rapidamente para mim e devolve o sorriso "Mas eu me esqueci do andar...Cheryl" Ele diz o nome que está gravado no crachá da morena atrás do balcão de vidro.

Meu estômago revira. Foi algo da minha cabeça ou ele pronunciou esse nome diferente ? Como num sussurro...

"O senhor é Mr. Styles ?" Ela fala com o sorriso maldito no rosto e Harry confirma "Eu estava esperando pelo senhor..." Ela molha os lábios e Harry se mexe desconfortável. "Digo, o Mr. Mendes" Ela corrige e impulsiona seus grandes peitos na direção de Harry.

Eles continuaram trocando olhares até a porta do elevador e eu me sentia cada vez mais enojada.
Eu adentro o elevador e vejo Harry ficar na porta, o encaro, encaro o guarda vestido de motorista dentro da máquina e Cheryl sorrindo desdenhosa...eu não entendia o que se passava.

"Lola, vá indo na frente" Harry diz sorrindo "Tenho coisas para resolver com Cheryl"

"Para o andar do Mr. Mendes, Andrew" A morena diz.

A última cena que vejo antes das portas se fecharem são as costas de Harry, que mantinha sua mão nas costas de Cheryl.
Tudo que eu vi depois disso estava em câmera lenta, vi Andrew apertando o 40° andar, vi minhas mãos soarem e minha figura pálida no espelho da máquina. Todas as sensações de quando eu era uma criança e entrava em lugares apertados voltaram como um turbilhão...Senti as paredes apertarem cada vez mais, ouvi as batidas do meu coração na minha boca, as lágrimas descendo e a última coisa que me lembro é de ver Andrew me olhar preocupada e perguntar se estava tudo bem...