Há cidades acesas na distância,
Magnéticas e fundas como luas,
Descampados em flor e negras ruas
Cheias de exaltação e ressonância.
Há cidades acesas cujo lume
Destrói a insegurança dos meus passos,
E o anjo do real abre os seus braços
Em nardos que me matam de perfume.
E eu tenho de partir para saber
Quem sou, vislumbrar o nome
Do profundo existir que me consome
Neste país de névoa e de não-ser.
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intensidade clandestina
PoetryPor entre rabiscos e cores abstratas, vagueio pelo mundo com a sutileza das imaginações. São cruéis, despedaçam-me. Barram em meus assombros o lampejo de uma lógica racional. Vivo continuamente sendo confundida por uma misteriosa amostra humana, ma...