12. o acanhar do sussurro

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Muda de voz o imortal clamor
das dúvidas indecisas e humilhadas,
das vertiginosas cândidas derrotadas
que permanecem mortas e acanhadas.

Solta-te! Voa, pra bem longe...
Percorre pelo frescor matinal
a transparência do teu sentido
inventor exótico da leveza marginal.

O brado que tímido cai em prantos
anima a ternura do prazer fútil
e no delírio de ser manifesto ardente
revivo os sons no sossego inútil.

Em mim, caem chamas de esperanças
de agudos infantes que permanecem nublados
e por origem vã do castigo juvenil 
marcho no vago barulho isolado. 

(poesia para quem não tem voz nesse mundo)

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2019 ⏰

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