Marcas de um amor

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☆Steper:

24 anos da minha vida já se passaram
E notei que poucos me amaram

Até você, a pessoa que eu mais amei
A quem eu mais me doei
Com um amor verdadeiro e fiel

Encontrava-se nas paredes do meu coração
O teu belo nome repetido
Como se fosse um refrão
De uma emocionante canção

Mas agora só restam marcas
Desse amor que torturava, maltratava
E aos poucos matava
Um coração que só te amava
E um pouco de amor mendigava

Esse amor fez de mim
Um escravo negro
De costas totalmente marcadas
Com severas e duras pancadas
Oriundo do simples facto
De amar uma mulher branca

★Marta:

Queria não ser tão cruel
Ao ponto de te fazer sofrer
Saber que as marcas que trazes na alma
São por me amares

O destino nos tinha separado
Antes mesmo que começássemos
Nosso amor já era proibido
Muito antes de o selarmos

Trago no meu peito
As marcas das chicoteadas
Pois a mim foram dadas
Com mais forças
De tantas chicotadas
Amaldiçoava o amor
Que juravamos eternizar

A distância que separa nossos corpos
Não separa nossas almas
Nem a força do amor
Selado com beijos de desespero

você trás as marcas das chicotadas
Que carregas nas costas
E que cicatrizaram minha alma

Nosso amor não tem raça
Mas trás desgraça
Por eu ser uma mulher branca

        — De Eufrásio Steper & Marta Texeira Lopes

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