A Battle Worth Fighting For (Livro 2)-TERMINADA

Capitulo 1

Abri a caixa do correio respectiva ao meu apartamento e retirei as poucas cartas que lá estavam. Fechei a caixa e quando ia começar a andar caiu um papel de entre as cartas que tinha na mão. Baixei-me para lhe pegar e reparei que era um aviso que tinha uma entrega volumosa para levantar nos correios mais próximos. Olhei as horas e vi que eram já oito da noite, os correios há muito que estavam fechados, teria de ficar para o dia seguinte. Senti uma ponta de curiosidade acerca do que seria aquela entrega, não tinha encomendado nada nos últimos tempos. Entrei em casa e pousei o papel bem no centro da mesa do hall para me lembrar de manhã. Segui até à sala/cozinha e pousei a minha bolsa na cadeira. Era sexta feira, o casamento tinha sido no domingo anterior e as minhas aulas começaram na terça. A primeira apresentação era na segunda, no entanto como eu só voltara de Portugal nesse dia não compareci. Não me preocupei muito uma vez que a presença não era obrigatória. Na terça de manhã tive a primeira aula às nove da manhã, foi uma aula mais leve, mas ainda assim com matéria. Por volta do meio dia estava despachada das aulas daquele dia e rumei ao gabinete do Professor Hound, que era o meu chefe de estágio. Visto que só começava com ele às duas da tarde parei para almoçar. Duas horas eram muito tempo pelo que no fim de almoço ainda aproveitei para sintetizar as duas aulas a que tinha assistido e para ler um pouco do romance que carregava comigo. Sabia que nos próximos tempos teria de ser assim, sintetizar as aulas logo que pudesse para não me atrasar nos estudos com  estágio e ao voluntariado. Só me poderia dar ao luxo de ler romances caso tivesse tempo ou energia para tal. Por volta das duas menos dez dirigi-me ao escritório e depois só por volta das quatro e meia estava livre para ir ao hospital. O resto da semana foi todo igual sendo que chegava a casa sempre por volata das sete e meia/oito da noite.

Puxei a porta do frigorifico e comecei a ver o que podia jantar. Nada me inspirou, principalmente porque não tinha tirado nada de manhã para descongelar. Peguei numa malga e decidi comer algo que sempre era mais rápido e fácil do que estar a cozinhar ou a ir comprar algo(não me apetecia sair de casa)....cereais. deitei um bocado de leite e com ele frio peguei numa colher e nas bolas de mel, sempre tivera uma panca por aqueles cereais. Dando-me um pouco de descanso, sentei-me no sofá e pus-me a ver um filme qualquer que passava a Tv enquanto comia a tigela de comida para crianças. Bem sempre me disseram que todos temos uma criança interior a minha só estava um pouco mais visível.

Assim que o filme acabou, muito depois dos cereais, fui direta à cama. Quem com 21 anos ia para a cama às onze da noite numa sexta feira? Eu! Forever alone? Muito provavelmente. Estava estafada, demorava um pouco voltar a entrar no ritmo, pelo que sabia que nas próximas semanas andaria morta.

*

Acordei quando o relógio marcava 10:03 da manhã. Arrastei-me até ao chuveiro e tomei um duche rápido, agora que tinha o cabelo bem mais curto tornava-se mais prático lava-lo. Vesti uma roupa prática: uns jeans justos, uma blusa branca e umas Nike, e pegando nas chaves e no papel dos correios saí de casa para ir levantar o pacote que tinha chegado para mim. Não apanhei qualquer transporte preferindo caminhar até lá, sabia-me bem andar um pouco de manhã. Quando lá cheguei a fila não era muito grande pelo que tirei o tiquet e esperei a minha vez sossegada enquanto ouvia um pouco de música através dos phones. Passados uns vinte e cinco minutos foi a minha vez. Assinei a folha, mostrei a minha identificação e lá foram buscar o embrulho. Era rectangular e ainda algo volumoso, quando lhe pude pegar tinha o nome de Gemma escrito no remetente. A curiosidade só aumentou, o que seria? Agradeci à senhora atrás do balcão e saí com o embrulho em mão. Parei a meio do caminho para comer qualquer coisa como pequeno almoço e segui logo para casa ansiosa por abrir o correio. Quando cheguei à entrada do prédio uma das minhas vizinhas, a Dona Mell, uma senhora com os seus setenta anos e bastante amorosa, estava com dificuldades em abrir a porta