SEBASTIAN ESTÁ COM OS BRAÇOS envolvidos em Carolyne que tem seus olhos coloridos fixos nos olhos azuis do moço. Logo, ele tira seu olhar do dela para poder fitar seus lábios com anseio visível de poder beijá-los. Mas antes que tomasse a iniciativa, a garota se desvencilha dele com arrogância, empurrando-o fazendo-o cair ao chão.
— Tire as tuas mãos de mim, verme maldito! Não ouses tocar-me, que eu não te dei tal liberdade!
— Ei, acalme-se, senhorita, minha noiva! — levanta-se limpando suas roupas — Só a protegi da queda, nada mais.
— E ias aproveitando a situação para me roubar um beijo.
— E o que há nisto?
— Há muito, não conhecemo-nos.
— Vosso pai entregou-lhe me como minha noiva, tenho autorização dele para cortejá-la.
— Mas não a minha, e tens de respeitar isso.
— Engana-te: és tu quem deves respeito por aqui. Tu serás minha, e isso não mudará. Poderei fazer o que quiser contigo quando for oficialmente minha esposa e não poderás fazer nada a não ser submeter- se a mim.
— Veremos.
Ela se retira das vistas dele e o jovem questiona em voz alta:
— Para onde vais?
— Retornar para a segurança da casa; onde eu possa estar às vistas de meu pai, do contrário, posso sofrer alguma violência da tua parte.
— Não, de modo algum — ele a puxa pelo braço — nosso passeio ainda não acabou. Venhas ver o pôr do sol, daí regressamos à casa. Não lhe farei mal, palavra. — seu olhar é passivo.
— Como confiar em ti?
— Confie. Venhas, vamos aumentar nossa coleção de por do sol.
De um jeito estranho, Carol sente segurança nas palavras daquele homem que a encara com um modo passivo e tranquilo, sem deixar de ficar atenta a todo e qualquer tipo de sinal negativo que ele lhe dê. Ele a solta e segue caminho em direção ao pico do Vale, onde se pode ver o mais belo pôr do sol da região.
Chegando lá, o sol já está todo laranja banhando todo o vale e se escondendo aos poucos atrás das montanhas ao longe. Carolyne não contém seu deslumbre perante aquela cena surreal a sua frente. Por um momento, fica ali, paralisada, boquiaberta sem crer naquilo que seus olhos veem. Chega a estirar a mão almejando alcançar e apanhar nas mãos o sol que vai morrendo aos poucos atrás das montanhas. Sebastian a tira de seus pensamentos dizendo:
— É exatamente esta a sensação que me dá também. Penso que posso pegá- lo em minha mãos...
— É lindo... — sussurra.
— Mais um para a coleção.— sussurra ao pé do ouvido da moça que não deixa de conter um lindo sorriso.
Neste momento, Sebastian vê o quão linda é essa menina e não deixa de sorrir também, sentindo bem no fundo de seu coração uma voz dizendo que ela o pode fazer feliz.— Sabes, Carolyne, tu és muito linda sorrindo...
Ele ergue a mão para passar no rosto dela, mas é logo impedido.
— Já disse para não me tocar, infeliz!
— Achas que sou infeliz? Pois então, faça-me um homem feliz e beije-me aqui e agora. Seria perfeito...
Sebastian se aproxima mas é detido com um outro empurrão e ela sai com arrogância das vistas dele novamente. Só que desta vez, ela pisa falso no chão e cai, torcendo o tornozelo direito. Com a dor, ela grita como se lhe tivessem feito algum mal e Sebastian a toma nos braços gargalhando da má sorte da jovem.