Miguel narrando
Não vou negar que minha preocupação quando recebi a noticia da invasão se resumiu apenas na Tina e na Mirela, sai da boca atirando para todos os lados, entre becos e vielas eu derrubava um, me falaram que tinham visto elas no bar da tia Lena, corri para la, os carinhas tentavam fechar as portas, quando eu entrei meu coração gelou, Mirela estava abraçada a uma Valentina completamente frágil e desesperada.
se via de longe que ela estava tremendo e chorando, seus soluços escoavam por todo o bar, ela estava nervosa, com medo, eu sei que tava e isso me doeu, não sei porque mas me doeu.
-Miih...Valentina-Falei e corri ate elas.
Assim que Tina escuta minha voz se levanta rapidamente se soltando da minha irmã, eu a envolvo em meus braços abraçando ela, ela me aperta como se estivesse buscando proteção e isso ela pode ter certeza que eu a darei.
-Preciso leva-las para casa vamos-Digo saindo do abraço.
-Mas e o tiroteio?-Ela pergunta confusa.
-Menor ta distraindo os caras, andem vamos..
Sai atirando em quem eu via que não era do meu morro, Tina corria e apertava os olhos quando ouvia um tiro, chegamos na minha casa e eu entrei fechando tudo rapidamente, corri ate a escada e abri a passagem para o cofre embaixo da mesma.
-Andem, entrem aqui agora-Disse e as mesmas entraram, mas quando eu ia fechando a porta sou questionado.
-Você não vem?-Perguntou Valentina.
-Eu preciso ajudar eles lá fora, é meu morro, preciso defender meu povo-Digo e tento fechar a porta mas ela segura minha mão.
-E se acontecer algo com você? fica, por favor..
Meu coração ta doendo muito, olhar para seu rosto vermelho escorrendo lagrimas implorando para que eu não vá.
-Não vai acontecer nada comigo Valentina, daqui a pouco eu estou de volta-Digo segurando a mão dela.
-Toma cuidado por favor-Diz chorando mais.
-Eu irei pequena-Beijei a testa dela-Não saiam daqui por nada e nem respondam a ninguém, assim que isso acabar tirarei vocês daqui.
Fechei a porta antes que ela me convencesse a ficar, porque confesso que tudo que eu queria era abraça-la e conforta-la. Mirela já estava mais acostumada com isso, não era a primeira vez dela trancada em um cofre ou presenciando uma invasão, ela foi criada nesse meio.
Mas a Tina, Valentina por mais que se mostre forte e rebelde é uma menina frágil, não no sentido ruim, mas ela tem um lado sensível, agora eu tenho certeza.
Desci morro a baixo atirando, vi que Menor estava cercado e sai atirando em um por um, depois de quase uma hora de confronto o meu morro voltou a paz, meus homens se livraram dos corpos e eu e Menor subimos para minha casa, assim que abri o cofre aquele rostinho vermelho e triste se aliviou, Valentina pulou em meus braços e me abraçou, eu a apertei nos meus braços, não queria que isso acabasse jamais. Vejo que Menos se assustou com nossa reação e logo em seguida ele abraçou minha irmã.
-Acabou pequena, agora vai ficar tudo bem-Eu disse saindo do abraço e ela começa a me dar tapas nos braços e socos no meu peitoral. Menor e Mirela nos olham assustados mas os dois ainda estão abraçados.
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Beija-me até o ultimo tiro
RomanceValentina Albuquerque é uma menina de 17 anos, mora com seu pai em uma mansão, sua mãe mora em um interior e não tinha condições de cuidar da filha portanto Tina, desde a separação dos pais mora com o senhor Ricardo Albuquerque, seu pai, no RJ. Migu...