Valentina narrando
É inacreditável como esse idiota consegue me tirar do sério em dois tempos, quem ele acha que é para uma hora ta dizendo que quer ficar comigo e na outra quer colocar sua vida em riscos por causa de uma porcaria de droga?!
Subi para meu quarto revoltada, entrei no banheiro e fui tomar um banho frio para esfriar a cabeça, saio do mesmo só de toalha fazendo um coque frouxo no meu cabelo dando de cara com aquele infeliz deitado na minha cama.
-O que você quer? -Pergunto seca.
-Conversar com você-Ele se levanta vindo até mim.
-Eu estou ocupada no momento-Me desvencilho e vou para o meu guarda-roupa.
-Amor não faz isso, é meu trabalho-Ele vem de novo atrás de mim.
-Arriscar a vida por drogas não é trabalho, que porra sera que você não entende isso?-Grito e vou para o banheiro me trocar.
Coloco um short curto de malha e um top, calço minha havaiana e saio o encontrando sentado na minha cama.
-Você ainda está aqui?-O encaro.
-Vamos conversar, porfavor?
-Seja rapido-Sento ao seu lado.
-Valentina eu sou dono desse morro, sei que você não gosta nem um pouquinho de tudo isso, mas é minha vida, é com isso que eu mantenho esse lugar, essa população.
-Eu gosto daqui, a única coisa que eu não gosto é de vê você arriscando sua vida por drogas, só isso, você não sabe como doi todas as vezes que você sai para essas invasões, eu fico aqui nessa droga de casa sem saber se você vai voltar..
Eu já estou chorando, esse medo me consome, eu nunca vivi isso, agora que estou vivendo é difícil não deixar as emoções tomarem conta.
-Eu prometo que vou voltar, mas eu tenho que ir, não vou deixar meus homens se arriscar sozinhos-Ele seca meu rosto e eu suspiro.
-Tudo bem Miguel, só toma cuidado por favor -Digo olhando o chão.
-Eu vou amor, prometo que logo logo eu estou aqui-ele me beija.
Ficamos assim por um bom tempo, até ouvir a porta da sala bater com força, parece que Mirela e Menor não se resolveram.
-Vai tomar um banho e descansar para na hora dessa tal invasão você ta mais tranquilo-Selo ele e levanto.
-Aonde você vai?-Segura minha mão.
-Cuidar da sua irmã-Digo e saio.
Desci e não encontrei nenhum dos dois, saio de casa e a vejo voltar correndo, ela simplesmente me abraça chorando.
-Vai ficar tudo bem-A aperto.
-Não vai não, acabou de vez-Diz soluçando.
-Do que você esta falando?-Solto ela fazendo a mesma me olhar.
Ela tenta se acalmar enquanto seca as lagrimas que escorrem compulsivamente, aquilo me doi tanto, eu já tive no lugar dela, sofrendo por amor, mas, eu tenho um afeto tão grande pela Mirela, vê-la sofrer doi mais do que eu ter sofrido por Igor algum dia.
-A gente brigou feio, ele saiu com raiva, eu fui atrás mas o vi beijando uma amiga da Rita-Diz quando se acaba, mas ao pronunciar o que viu desaba novamente.
Eu vou matar esse desgraçado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Beija-me até o ultimo tiro
RomanceValentina Albuquerque é uma menina de 17 anos, mora com seu pai em uma mansão, sua mãe mora em um interior e não tinha condições de cuidar da filha portanto Tina, desde a separação dos pais mora com o senhor Ricardo Albuquerque, seu pai, no RJ. Migu...