Sua preocupação sobre as consequências que surgiram após voltar ao orfanato o preocupou durante toda a noite. Mesmo os beijos da Gabi não foram suficientes para afurgentá-los.
No dia seguinte, nem mesmo esperou o café da manhã: foi o mais rápido que pôde ao orfanato, bem cedo. A essa altura, Helena já havia chamado a inteligência nacional. A manhã estava fria e cada respiração resfriava seu corpo que, em contrapartida, esquentava devido à intensa corrida. O céu quase sem nuvens deixava o calor fraco e prazeroso do sol perpetuar sobre o rosto de Estiver. Reminiscências da noite passada passavam em sua mente:
- Quando for a hora de dormir eu pego um travesseiro e um cobertor para você. - não sabia dizer se Bianca estava ou não preocupado com ele ou se o impediu de voltar apenas por questão de ética.
- Onde ele vai dormir? - perguntou Gabi
Bianca entrou na cozinha, abriu o armário e pegou um saco de salgadinhos, antes de responder:
- sofá. - subiu as escadas, provavelmente em direção ao seu quarto, com passadas largas e pesadas, seguida do ranger das escadas em protesto.
- Ou... ele podia dormir no meu quarto. - Gabi disse cautelosa e imparcial, medindo as palavras. Bianca olhou para trás no último degrau da escada. Seu olhar de censura era evidente.
- Sério, você 'tá me zoando, né? - Esperou Gabi anunciar quase resquícios de ironia, mas ela se manteve apenas a olhá-la como um cachorro faminto olha seu dono com um prato de comida. - Não, minha mãe me mataria se soubesse que eu deixei você dormir com um garoto. Nossa! Não.
- Ele dorme no chão. - A voz de súplica era evidente e nítida.
Estiver nunca soubera como reagir a esse tipo de cena. Ficava apenas parado, observando a discussão se desenvolver.
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Esperanças De Uma Vida
RandomEstiver, um garoto órfão que vive no orfanato Belos Dias. Sonhos e angústias entopem seus pensamentos que tanto o confunde. Amor, sonhos, desilusões. Um destino cruel para uma mente tão jovem