my closing

Será?

              03

No colégio não vejo David e mesmo que o tivesse visto havia prometido para mim mesma que não o daria atenção, quem ele pensa que é para me deixar daquele jeito?. Conversando com Rakel na biblioteca pude notar que ela ostenta simpatia por onde passa, todos param para falar com ela ou estar com ela ( como se ela fosse imã).

- Heey sophi. - Gabi me fala comigo.

- Oi, eae longe de encrenca? - brinco com ele.

- Tentando.. - ele brinca.

Passamos o dia em aulas e conversas sem me dar o luxo de pensar no David e seu comportamento estranho, chega a hora de ir para casa e minha tia já está no estacionamento me esperando ( pontualmente) .

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Chegando na entrada de casa vejo David me esperando no portão, fiquei sem ar.

- Amigo novo querida? - tia Ângela pergunta animada.

- Acho que não.

Desci do carro e fiquei de frente para ele, ele estava com aquele olhar novamente ( o mesmo que me congela).

- Oi. - ele fala quebrando o silêncio.

- Oi. - respondo friamente.

- Será que você poderia caminhar comigo? - ele me pega desprevenida.

- Caminhar.. claro.. - fiquei como uma idiota.

Ele se adianta e começa a andar e eu como sempre fiquei parada lá o olhando, como ele consegue me irritar e acabar com a irritação assim tão rápido?

- Sophi? - ele para de andar.

- Sim?

- você vem?

- Sim..Simm.. claro - comecei andar e ele riu.

Andamos um do lado do outro no mais puro silêncio ( isso virou costume), ele parecia tão íntimo da noite quanto a sombra, estava sereno e calmo com o mesmo ar de superioridade.

- Esqueci de avisar minha tia que iria sair - dessa vez eu quebro o silêncio.

- Ela irá entender.

- Onde estamos indo?

- Não seja curiosa. - ele dá um meio sorriso. ( Acho que me apaixonei).

- Por acaso você não estaria planejando me sequestrar né? - brinco .

- Você está vindo por livre e espontânea vontade, isso não seria sequestro. Mais não se preocupe, não me divirto assim.. - ele pisca pra mim.

- E como você se diverte? - demonstrei interesse.

- Você não entenderia..

- Tente.

Paramos na ponte onde da travessia para a floresta, andamos por 20 minutos que pareceram 2. David está me encarando de novo mais dessa vez é diferente, ele está com o semblante preocupado, tenso como se estivesse pensando no que dizer.

- Paraa. - ele fala me olhando.

- Parar com o quê? - pergunto sem entender.

- Você está fazendo de novo.

- Fazendo o que? - não entendi de novo.

Ele se aproxima de mim olhando dentro da minha alma, posso sentir uma energia entre nós que não consigo entender.