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coutinho
online

coutinho
clara
já estou chegando

clara

pq ainda ta online
quer morrer?

coutinho
que??

clara
para de mexer no celular
enquanto ta dirigindo

coutinho
ih
ala a doida

clara
to aqui preocupada com você
e ainda me trata assim?
ingrato

coutinho
oh meu deus
cade voces
ja cheguei

clara fernandes

Ok, confesso ter sido uma conversa estranha, mas Coutinho já está acostumado com esse meu jeito. Afinal, ele é assim também. Conheci Philippe por uma das inúmeras festas que Neymar realiza, e sempre que nos encontramos é uma disputa de quem é o mais implicante.

Chegamos no carro e as duas entraram no banco traseiro, me fazendo ir no carona.

— Oi, meninas e Clara. – Philippe nos cumprimentou, e eu revirei os olhos com a provocação dele.

— Mas você já vai começar, Phil? – Bruna riu.

— Deixa ele Bru, ele tá a fim de morrer hoje. – digo me sentando ao seu lado, e coloco o cinto de segurança. Ele ri e estende o rosto, me deu um beijo em cada bochecha e eu retribui. Percebi os "hmm" de Bruna e Rafaella. Será que elas sabem o que é educação?

Nós fomos implicando e brincando um com o outro por uns quinze minutos, paramos quando percebemos as duas dormindo, chegando a roncar. Nos entreolhamos e caímos na gargalhada. Minutos depois eu estava dormindo também.

— Clara, acorda. Chegamos! – acordei com Philippe me chamando e chacoalhando calmamente.

— Bom dia. – falei erguendo os braços e as pernas, me espreguiçando. Olhei em volta e só tinha nós dois, tanto no carro, como no estacionamento. – Cadê Rafaella e Bruna?

— Bom dia. – disse rindo. – Elas já subiram, você não acordava de jeito nenhum.

Levantei, arrumei o cabelo e fui em direção ao elevador, junto com Philippe.

— Você riu delas, mas ficou ainda pior. – ele continuava a rir. – Roncou e só estava faltando babar.

— Até parece, Philippe. Eu não ronco.

— Vai achando, Clarinha. – falou enquando gargalhava, me fazendo revirar os olhos.

Eu parei na recepção, que era onde as meninas estavam, e ele continuou subindo.

— Obrigada por me abandonarem. – dei um tapa leve no ombro de cada uma assim que cheguei perto o suficiente.

— Nós tentamos te acordar, mas estava difícil, e então o Philippe se ofereceu, enquanto viemos fazer o chek-in. – Bruna se explicou. – Além disso, até parece que você não adorou ficar sozinha com Coutinho.

— Ah sim, amei! – falei com deboche.

Depois de um tempo, a mulher nos falou o número do quarto e entregou a chave. Ao chegar no quarto, vi que era quase uma casa, tinha uma sala, um banheiro, uma mini cozinha, duas camas de casal e uma beliche.

Rafaella, parecendo uma criança, correu para a cama de cima da beliche e deitou. Bruna pulou em uma das camas de casal, sobrando a outra para mim.

— Ei, eu não gosto de dormir sozinha. – resmunguei.

— Chama o Coutinho pra dormir contigo. – Rafaella riu.

— Tá louca, Rafaella? Aí a gente vai ser obrigada a ouvir e ainda ver as cenas? — Bruna fez cara de nojo, rindo.

— Por que agora vocês estão cismadas com ele, hein? Que saco.

— Porque nós achamos vocês fofinhos e que toda essa implicância é só amor. – Rafaella disse com um travesseiro no rosto, provavelmente rindo.

Depois de arrumarmos o quarto, desfazer as nossas malas e até mesmo cochilar, ouvimos batidas na porta e eu me levantei para atender. Mal abri a porta e Neymar, Marcelo, Philippe e Alisson invadiram o quarto sem ao menos me cumprimentar.

— Trouxemos fifa, quem quer jogar? – Neymar ofereceu.

— Ah, vocês invadem o nosso quarto sem nem se importar que acabamos de chegar e nem mesmo falam direito com a gente, e vêm jogar videogame?

— Nós viemos dar boas vindas a vocês, ué. – Alisson se sentou em frente à televisão.

— Relaxa e bora jogar, meu amor. – Marcelo me estendeu a mão.

— Eu vou jogar, e ainda vou ganhar de todos vocês! – disse dando minha mão a Marcelo, que me puxou para um abraço.

Joguei primeiro com o Alisson, e ganhei. Depois joguei com Marcelo, que ganhei de novo, por 5x2.

— Gente, assim fica sem graça!

— Então joga comigo, duvido que ganha. – Philippe pegou o controle da mão de Marcelo e se sentou ao meu lado.

Então jogamos e empatou. Jogamos de novo e ele ganhou, roubando, é claro.

— Não valeu, Philippe Coutinho.

— Lê o que ta ali na tela, por favor Clara? – ele apontou para a TV, rindo.

— Roubando é fácil. – cruzei os braços.

— Onde que eu roubei, Clara?

— Você ficou esbarrando no meu braço, de propósito! – fiz um bico, fazendo birra.

— Aceita perder, neném. – apertou minhas bochechas e roçou nossos narizes. Senti uma espécie de corrente elétrica percorrer por todo meu corpo e meu rosto queimar. O que foi isso?

dangerous ✽ p. coutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora