Prólogo

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PRÓLOGO

- Mãe, me conta de novo a história do nosso planeta? – Erik, um jovem garoto de cabelos vermelhos com pontas negras, pergunta com olhos cheios de água para a mãe.

- Tudo bem, mas só mais uma vez, e depois você vai para a escola,Erik.- Nefertit, mãe de Erik, com seus cabelos encaracolados e com uma cor alaranjada, começa a contar a história do planeta Dragür – À milhares de anos atrás, quando o Criador estava criando a galáxia, ele criou de uma gema, três dragões...

- Torokke da terra, Kanone dos oceanos e Zaphir do ar – completa o pequeno garoto

- Isso mesmo – Nefertit sorri e continua a história – Entediados, os três dragões primordiais pediram para o criador criar mais um. O Criador disse que a gema usada para criar os primordiais tinha acabado a energia, e que para criar outro iria precisar de outra gema. Zaphir então se apressou e achou uma gema para o Criador, que concedeu o dom da vida a essa gema, surgindo assim, Plax, o dragão de plasma.

“Porém, Plax era um dragão destrutivo,e teve que ser contido pelos primordiais,foi aprisionado até Kanone, ter uma ideia, separar Plax em três dragões. Essa ideia que parecia impossível deu certo, Plax então se dividiu em três dragões: Apollux do fogo, Zerat das sombras e Razer da luz. Apollux tinha o mesmo poder que os primordiais, mas Zerat e Razer conviviam em completo equilíbrio. Anos se passaram todos os seis dragões se entediaram de novo, então se uniram a Dragür, criando descendentes dos mesmo, nós, o povo Dragunyr. Mas Erik, vamos ver se você lembra, quais são as cidades?”

- Zenya é a cidade nas nuvens, onde Dragunyrs descendente de Zephyr vivem, Murinya é a cidade submarina, onde Dragunyrs descendente de Kanone vivem, Kohonya é a cidade na floresta, onde vivem Dragunyrs descendestes de Torokke e Jigonya é a nossa cidade,onde nós do fogo vivemos, descendentes de Apollux. – na ultima frase Erik estava quase saltando de emoção a falar o nome de seus dragão favorito.

- E Yinya e Yanya são as cidades onde os anciões vivem, as cidades da luz e das sombras – dia Nefertit rindo ao ver seu único filho tão empolgado – agora se arrume para ir pra escola

O rosto de Erik murcha rapidamente, e ele passa a mão nas pontas negras de seu cabelo.

- Mas mãe, e se eles não gostarem de mim? E se acharem que eu sou igual ao meu pai?

- Querido, eles não vão achar isso, tenho certeza.

- Você promete?

- Prometo – Nefertit não sabia o quão impactante seriam essas palavras para seu filho.

*****

Quando Erik chegou na escola, todo animado para finalmente saber o que significa a palavra amizade, percebeu que todos os outros alunos o olhavam com medo. Até seus professores quase não olhavam para seu rosto direito. Na aula de história de Dragür, Erik ficou sabendo da pela primeira vez, o verdadeiro motivo de seu pai ter sido considerado um traidor. Ele se sentiu traído pela mãe, mas relevou pois sabia que a mãe o amava, e que ele seria seu único filho.

Na aula de educação Elemental, Erik tentou falar com uma menina de longos cabelos verdes, mas ela o temia tanto que gritou e saiu chorando. Erik disse pra si mesmo que tudo iria ficar bem, ele acreditava nisso.

“Por que ser filho de um ancião das sombras e da rainha do fogo faz eles me temerem? O Héroi era um filho de um ancião da luz e da rainha de fogo da época, por que não posso ser um herói?”, esse pensamento estava consumindo Erik por dentro, ele queria ser respeitado, não temido, ele queria amizades, só queria amizades.

Erik então sorriu de felicidade, pela ultima vez, durante a aula de Educação Física ele foi o melhor jogador de Fireball, e quando ele foi comemorar com seus colegas de time, todos eles se afastaram.

- Sai daqui monstro – disse um pequeno garoto de cabelos azuis, provavelmente descendente de Kanone – ninguém te quer aqui. Você é uma aberração

Então as vozes dentro da cabeça de Erik apenas se calaram, e ele chorou.E a escola inteira foram tomadas por chamas negras que não se apagaram até deixar tudo virar nada, apenas cinzas. Crianças, adultos, tudo se foi, nada sobrou, apenas Erik.

- Vocês que fizeram isso! Vocês que criaram o Monstro! – Erik chorou,mas uma voz rouca e sombria apareceu por trás

- Você não é um monstro, você pode ser um herói, um rei, venha comigo e te mostrarei o caminho – Um homem adulto de cabelos longos e olhos totalmente negros,com uma cicatriz no rosto,estendeu a mão para Erik, e quando ele segurou deu um sorriso – Vamos, Rei do Caos.

E na escuridão, Erik e o homem sumiram se tornando apenas sombras, e nunca mais apareceram até então.

Dragür -  A Ira de ErikOnde histórias criam vida. Descubra agora