Outro, Outréns e Outrora

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Outro, Outréns e Outrora

Lamento o azar de meu ar…
Revejo os dizeres e o soar…
A dicção acaba de abandonar
e o céu pôs-se a prantear…

Não beijo, não faço,
não caso…
Nego a pressa, apoio o atraso.
A sorte dos desares e do acaso
que fazem dos ópios apenas descaso…

O tenor vai prosseguir com o teor…
Enquanto houver ar,
será para amar
o teu próprio respirar…

Somos apenas pedaço,
metades de algum trabalho…
Não jure aquilo que não é tácito,
pois, as palavras correm como um raio.

Os dizeres fogem de mim,
já as algúrias estão por aqui.
Será que sois sós apenas por ser,
ou não conseguimos amar o dizer?

As notas irão prosseguir entoando…
Enquanto houver som,
será para cantar
as palavras que alguém falar...

Por quê bétulas demais,
se o espaço é pequeno,
dentro de seu coração?
Tudo ou nada é passageiro,
dito de todos do desejo,
faço-te uma pequena locução…
Se outréns são pressa,
proiba-os de esperar.
Posto da firma de sua própria negação pelo "outrora",
eu desfaço e destaco de forma
simplória.

O amor continuará sendo o senhor…
E enquanto Deus existir,
será ele mesmo que o fará
sentir.

Ein GefühlOnde histórias criam vida. Descubra agora