New Friends

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Ao ver o suco derramado em seu corpo ele ficou sem reação, mas não poderia pensar muito. O garoto ignorou totalmente a garota a sua frente pedindo perdão, e logo correu para o lado de fora. A sua frente tinha uma grade, caso saltasse sobre ela caía dentro do mar, não pensou muito e saltou. Ao entrar em contato com a água já sentia sua cauda surgir, e também sentia que conseguia respirar em baixo da água, era surreal, porém desafiador.

Enquanto isso a garota estava olhando para o mar, esperando ver o garoto, mas ele não deu sinal algum, ela ficou preocupada porém entrou para o Café, já que seu amigo estava te aguardando em uma das mesas.

— Viu aquilo Kelwin? estranho não? — Disse Letícia, meio preocupada.

— Porque seria estranho? ele só se assustou com a sua cara — Disse ele caindo na gargalhada, enquanto via ela ficar emburrada.

— Idiota... — Ela sorriu e pegou a mochila do garoto que se jogou na água — Vai que eu encontro com ele por aí, nunca se sabe.

— Ele nunca mais vai querer te ver, pode ter certeza — Eles riram e voltaram ao assunto normal de sempre.

Eles viviam frequentando aquele café, desde a sua inauguração, o local é muito importante pra eles.

»...

Enquanto isso, Robert estava nadando, conhecendo um pouco mais sobre seu novo lado, que por parte o atrapalhava, mas não deixava de ser incrível. Uma de suas maiores perguntas é como aquilo aconteceu, e porque com ele. Depois de um tempo nadando ele parou no lago em frente a sua casa, subiu para a pequena ponte, e pegou uma toalha que estava á secar em uma das cercadas da pontezinha. Ele recolheu-a e se secou o suficiente, até finalmente suas pernas retornarem.

— Preciso voltar para Mako para ter respostas, mas, antes disso... — Ele colocou sua mão em direção a água como fez da última vez, logo uma pequena bola de água foi criada pelo mesmo, mas logo a mesma se desmanchou.

— Surpreendente. — Disse o semi-tritāo animado com a nova idéia, porém tenso com todos os problemas que vai passar de agora em diante.

» ...

— Até agora ele não voltou para pegar a mochila, será que ele esqueceu? — Disse a garota da lanchonete, meio entediada.

— Ah, não sei, mas eu acho que ele era aquele mesmo novato que foi barrado ns aula de história, se lembra? — Disse o garoto.

— Pensando bem, é ele mesmo, vamos entregar, amanhã entāo. — A garota jogou a mochila em cima do amigo e saiu correndo.

— Hey, volta aqui! — Ele caiu na gargalhada e saiu correndo atrás dela.

»...

— Eu tenho um plano — Disse Júlia olhando para as garotas, que estavam na Piscina da Lua ainda meio abaladas.

— Diga-nos. — Pronunciou Juliana.

— A causa do cardume ter ido embora é o garoto com uma cauda, certo? Então vamos tirar a cauda dele com nossos poderes. — Disse Júlia com um sorriso.

— Mas como iremos fazer isso? Nem vivemos no mundo dele primeiramente — Falou Laisa confusa.

— Usaremos seu Anel da Lua para criarmos um feitiço, assim teremos pernas, e logo depois iremos atrás dele, e no momento certo pá, pegamos ele. — Disse ela destemida.

— Não sei se é uma boa idéia — Disse Juliana.

— Você tem alguma idéia melhor? — Falou Júlia, encarando ambas, que ficaram em silêncio.

— Pelo visto não, então vamos, quanto mais rápido melhor. — Elas mergulharam e nadaram rapidamente até a praia da cidade, ao chegarem lá se arrastaram pela areia até um canto.

— Espero que isso dê certo, sabichona — Disse Juliana, meio nervosa.

— Vai dar, se você focar, e não ficar de conversinha. — Júlia disse a encarando.

— Quietas! — Laisa pronunciou alto, colocou o anel na sua frente e olhou para as duas. — Só pensar no que queremos, que o anel nos dá.

Todas as três pensaram em ter pernas, o anel brilhou e concedeu a elas o desejo. Mas tinha um problema, todas estavam nuas pois era á primeira vez delas em terra firme.

— Antes precisamos resolver isso — Disse Laisa, recolhendo seu anel da lua.

As garotas foram para um porto cheio de barcos e pegaram roupas que encontraram penduradas, ao se vestirem decidiram ir atrás do garoto, mas tinha um problema, não sabiam nem por onde começar, mas não podiam perder tempo, e foram andar pela cidade. Apesar de as vezes tropeçaram conseguiam manter o equilíbrio com as pernas.

— Até que não e tão ruim — Disse Juliana, mas logo caiu de cara no chão. Todas riram de forma escandalosa.

— Vamos lá né — Disse Júlia rindo um pouco ainda, andando a frente junto de Laisa.

— Esperem! — Falou Juliana correndo atrás delas.

Logo todas deram de cara com um local, aonde serviam bebidas e lanches, era o famoso café.

— Hmm, aqui deve ter algo. — Disse Júlia entrando no estabelecimento, junta das outras.

»...

— Arghh, minha mochila. — Disse Robert, que até então estava treinando a prática com seus poderes, mas lembrou-se de sua mochila. Parou o que estava fazendo e correu pro café. Finalmente chegou, mas não viu sua mochila.

— É ele! — Juliana logo colocou sua mão em direção a ele e começou a apertar, esquentando todo o corpo do garoto.

— Que calor — Ele começou a suar, suava tanto que não conseguia quase nem respirar.

— Para Juliana! — Laisa puxou a mão dela.

— Vai chamar atenção pra gente! — Disse Laisa.

— Que estranho. — O calor derrapante passou, então o garoto decidiu ir para sua casa, já que não tinha achado a mochila.

— Não perca tempo! — Júlia as puxou, logo todas começaram a seguir ele até o caminho de casa, ao chegarem usaram seus feitiços de camuflagem e ficaram transparentes como a água, ou deja; Invisíveis.

— Aquilo foi muito estranho, será que é por causa da transformação?  — Ele perguntava a si mesmo.

— Bem, não importa, irei nadar. — Ele correu e saltou dentro do lago em frente a sua casa, ao mergulhar sua cauda substituiu suas pernas e ele começou a nadar.

Nisso as meninas deixaram de ser invisíveis e começaram a explorar todo o local, até darem de frente com a casa.

— O que é isso? — Perguntou Juliana.

— Acho que são as caixinhas dos humanos — Disse Júlia.

— Como o cardume dele vive ai dentro? — Perguntou Laisa.

— Acho que eles não vivem em cardume, mas enfim, o que vamos fazer? Não faço idéia. — Perguntou Juliana.

— Vamos combinar nossos poderes nele, simples. — Júlia pronunciou e olhou para água.

— Vamos deixar isso pra outro dia, agora só quero voltar pra casa. — Disse Laisa.

Então todas concordaram e entraram na água, nadaram em velocidade altíssima para Mako, chegando na Piscina em poucos minutos.

»...

Enquanto isso Robert voltou para casa e passou o dia em seu quarto, colocando as lições em dia.

»...

Já era final de tarde, Kelwin tinha ido pra casa de Letícia estudar.

— Acho melhor eu ir embora — Disse Kelwin recolhendo suas coisas.

— Sim, está ficando tarde. — Disse Letícia, ela abriu um sorriso e o levou até a porta, ao que ele o garoto tinha ido, fechou a porta da frente, subiu as escadas para o seu quarto e  se deitou em sua cama, pegando no sono.

...

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