Why Hidden?

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Não sei como respiram ao viverem afogados num corpo que não lhes pertence. Camufulam a sua essência (...) mas quando as luzes se apagam e se encontram longe dos olhares atentos, não sentem nada, o vazio prevalece. A máscara cai e o silêncio os amedronta, enfraquece, ao se confrontarem com o seu pior inimigo, Eles Mesmos.
Com uma raiz em défice de nutrientes, o tronco "cresce" apático, frouxo, sempre na insegurança de que os ventos fortes o possam derrubar, e daí, nada restará.
Possivelmente quando os tempos mudarem, a vida lhes dê como lição de que está na hora de mudar o filtro: chega de viver de aparências e de falsas humildades. De se corruerem e de apedrejarem o outro. Pois, a sede incalculável de assumirem um papel que não lhes pertence, é aquilo que os move , e aproveitam-se disso para desvalorizar e magoar todos aqueles que aceitam e respeitam o que há por detrás da máscara.
Isto nunca se baseou numa competição sobre a pessoa que possuí mais " isso" ou "aquilo", que é mais "assim" ou "assado", mas foram as nossas crenças e a falta de questionamento das mesmas , que resultou para que hoje vivessemos na dúvida acerca do outro: "Será que realmente pensa isso?" " O que lhe custa ser autêntico e sincero em relação a mim e a ele?". Em boa forma, pudemos ser abertos e livres o suficiente para falarmos o que quisermos, contando que não utilizamos essa mesma liberdade de expressão para simplesmente afetar o outro ou feri-lo emocionalmente... pois nessas alturas somos incapazes de perceber e lidar com o "nosso" problema, que apenas o queremos despejar por assim só, naquele alguém que nada tem nada a ver com isso.
E, talvez quando nos permitirmos ouvir tudo aquilo que proferimos de uma forma crua e crítica , nos apercebamos que há algo de errado connosco, que estamos em carência de alguma coisa. Uma vez que, as palavras são um reflexo incontornável daquilo que sentimos, pensamos (...) Daquilo que SOMOS.
No final de contas, ultrapassar a dependência constante da dissimulação e do fingimento é um trabalho tão árduo quanto o de admitir que se tem receio em aceitar-se por aquilo que realmente é, perante uma sociedade que se alimenta de julgamentos.

STOP CRYING, You're an adultOnde histórias criam vida. Descubra agora