Feminismo Radical

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   O feminismo radical, ganhou relevância nos anos 1970 e é um dos mais debatidos e polêmicos atualmente.

A teoria feminista radical postula que a sociedade é um patriarcado, onde todos os homens se beneficiam da subjugação de todas as mulheres. Os homens se beneficiam da opressão sistemática das mulheres em todas as áreas da vida, tanto na esfera pública quanto pessoal. 

Como exemplo prático temos os estereótipos de beleza, sendo a magreza um deles. Se por um lado temos um extremo das mulheres que chegam a desenvolver até distúrbios alimentares por consequência da pressão que sofrem, do outro temos as mulheres que rejeitam os estereótipos totalmente, recusando-se a segui-los, mas que sofrem preconceito por isso (é aí que começa a gordofobia, por exemplo). Todas elas são prejudicadas porque o estereótipo é algo estrutural, que vai seguir existindo e exercendo sua influência sobre as mulheres independente do que elas "escolhem" fazer individualmente.

É por isso que, segundo o feminismo radical, seria necessário combater a construção social dos gêneros e sexos que é hierárquica e, portanto, determina a inferioridade das mulheres.

Críticos e críticas a essa vertente problematizam a forma como as radfem muitas vezes fazem esse combate, pois algumas militantes acabam assumindo posições um pouco "extremas", o que é compreensível considerando a violência física e psicológica sofrida pelas mulheres diariamente (vale ressaltar, contudo, que existe muita informação equivocada sobre o radfem, já que se acredita que, só por levar "radical" no nome, é um feminismo extremista).

Existem, por exemplo, aquelas que acreditam que sequer é possível se relacionar com homens, visto que a simples existência deles como homens na sociedade patriarcal já é opressora e um relacionamento com um homem seria inevitavelmente opressor.

Já outras, não todas, se utilizam do discurso do radfem para excluir mulheres trans da luta feminista (são as TERFs, feministas radicais trans-excludentes). Para elas, mulheres trans se beneficiaram dos privilégios do patriarcado para com os homens por terem nascido homens e, uma vez detentoras da opressão, teriam o poder de sempre exercê-la, ainda que fizessem a transição do corpo e assumissem a identidade física de mulher.

A primeira a pensar e problematizar a sociedade dividida entre sexos, sendo os homens como opressores e as mulheres como inferiorizadas, foi a filósofa Simone de Beauvoir, referência até hoje para todas as vertentes feministas. Outras importantes pensadoras do radfem foram as norte-americanas Andrea Dworkin, escritora e famosa por seu trabalho de combate à pornografia, e a jurista Catherine MacKinnon.

Fonte: 

https://delas.ig.com.br/comportamento/2018-08-04/tipos-de-feminismo-explicados.html


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