capítulo oito.

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STORMI

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STORMI

A

ndy e eu estamos em uma cafeteria, à alguns quilômetros da escola. Já que é permitido sairmos durante o intervalo, decidi que deveríamos conhecer melhor os locais. E claro, foi uma mentira. Depois de tudo o que aconteceu ontem, eu só não quero ter que encontrar o Scott e o grupo por enquanto. Não estou fugindo. Eu acho.

Estou em minha quinta xícara de café, enquanto Andy está falando algo sobre Garret - um dos calouros que está no time de lacrosse - estar escondendo algo de nós.

- E também tem uma garota... Ela anda meio estranha. - Andy diz despreocupada, eu a ouço, mas minha mente está distante daquela conversa.- Anda correndo para a escola sem motivo, some nas festas... Costumava ser minha melhor amiga.

Termino de tomar meu café e estou prestes à pedir mais um quando ouço Andy dizer:

- E, aparentemente, não está dormindo direito.

Eu a encaro, me dando conta de que ela está falando de mim e rapidamente desisto de pedir outro café.

- Eu não ia pedir outro. - afirmo, Andy concorda desconfiada.

- Você está bem? É por causa do jogo de hoje?

- Estou bem, é só um amistoso. - respondo.

Andy me encara, preocupada.

- Sabe contra quem vai jogar, não sabe?

- Sim. - minto. - Quer dizer... não. Perdi o anúncio.

Andy suspira, sinto meu estômago embrulhar.

- Stormi, é contra nossa antiga escola.

Sinto meus músculos ficarem rígidos e tensos. Isso não é bom, não agora. E eu sei bem quem virá com eles, o que me deixa um tanto preocupada.

***

- Era só o que me faltava! - esbravejo.

Meu taco sumiu, mas eu não entendo como, já que, praticamente, só eu uso o vestiário feminino. Cacei-o pelos armários, sem sucesso. Procuro embaixo dos assentos e quando levanto o olhar, percebo alguém andando até mim e rapidamente me ponho de pé.

O cara tem cabelos morenos, olhos verdes e segura um taco de lacrosse nas mãos.

- Você não pode entrar aqui. - falo.

Ele parece não ligar quando pergunta:

- Isso é seu? - pergunta se referindo ao taco em suas mãos.

Sem me dar tempo para responder, ele simplesmente quebra o objeto ao meio. Meu sangue ferve. Sei que é meu, mas não entendo o que ele quer com isso.

Rosno automaticamente e sem pensar avanço para cima do homem, mas ele me segura pelos braços com força antes que eu o ataque, me encostando no armário. Ele não parece assustado, até posso ver um pequeno sorriso formando em seus lábios.

- Tem razão, ela é bem nervosinha. - ele diz, me fazendo rosnar mais.

Tento me soltar dele, mas ouço a voz de Scott, e de repente, me sinto mais calma.

- Stormi, vá para aula. - ordena. O moreno me coloca no chão. - Esse é o seu.

Ele me entrega o taco em suas mãos e eu saio do vestiário, deixando os dois sozinhos.

Não faço ideia de quem seja aquele homem, e muito menos do que ele e Scott, provavelmente, falarão sobre mim. Essa coisa toda de ser lobisomen
- é tão estranho dizer isso - está mexendo comigo, não me agrada conhecer tantas pessoas ao mesmo tempo e saber que sou o assunto em pauta. O problema, na verdade.

Quando se é criança, você ouve histórias sobre o mundo sobrenatural durante toda infância, acreditando que são apenas mitos ou lendas, e você até chega a pensar o quão decepcionante é essas coisas não existirem de verdade. Mas, agora, a decepção está sendo viver isso. É estranho. Assustador, quando sinto raiva, mas também sinto que tenho algo para me defender.

Talvez eu não deva continuar ignorando Scott. Afinal de contas, eu teria morrido se não fosse por ele.

𝐁𝐄𝐓𝐀 | teen wolf Onde histórias criam vida. Descubra agora