II.

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Jade Point Of View

Gostava de acordar antes do sol aparecer e ver como era majestoso vê-lo e senti-lo. Em Paris não havia muitos dias de sol, eram mais dias nublados e cinzentos. Eram dias tristes, talvez ao meu ver Deus não estava feliz com o que acontecia em meu país.

Sorri ao ouvir minha mãe me chamar.

- Buenos dias mama! - a cumprimentei.

- Bienas hija! - disse ela dando-me um beijo na bochecha. - Não irá aprontar de novo na praça, não é Jade? Por favor você sabe que pode ser pega. - continuou ela.

- Sim, mama eu sei, não foi nada que não tenham merecido. Eles tentaram em assediar, dei a eles apenas o que eles queriam. Não é Djali? - falei rindo para o meu pequeno cabrito que fez um barulhinho mostrando que concordava comigo, Djali era o meu melhor amigo e companheiro para todos os momentos. Nossa língua nativa era o Romani, temos o inglês também que era mais usado por nós aqui. Mas ainda tinha algo de nossa língua nativa junto com a língua que usamos.

- Tome cuidade, filha. - avisou ela, assenti sorrindo. - Hoje a noite terá uma festa para ciganos, que seu amigo Coplin irá dar, olhe estamos proíbidos de andar pelas ruas e eles inventando festas para nós. - diz minha mãe balançando a cabeça negativamente. - Você e nem sua irmã irão me ouviu? - perguntou ela.

- Mais mama.. - comecei.

- Sem mais.. Eu não quero vocês se metendo em confusão e se colocando em perigo, Coplin não sabe o que faz, filha. Ele gosta de desafiar ao Rei e não devemos desafiá-lo.

- Sí mama. - falei acatando sua ordem.

- Jade, é para o seu bem filha. Temos que nos manter seguros se não acabaremos em fogueiras como bruxas. - explicou ela. Assenti a abraçando. - Filha me escute, pelo menos essa vez. - disse ela me apertando em seus braços. - Agora, tenho que ir. Não posso me atrasar para o trabalho. Até amanhã, filha! - continuou ela se despedindo.

- Até mama. - falei e um sorriso surgiu em meus lábios. - Ruby! - corri para o "quarto" de minha irmã. Nossos quartos eram tendas efeitadas por nós mesmas, eu amava aquilo, nossos lenços e enfeites brilhantes.

- O quê? - disse ela se sentando sobre o colchão e me olhando.

- Nós vamos a festa do ciganos hoje à noite.. - comecei a falar mas ela me interrompeu.

- Jade, a mamãe disse que não! Temos que ficar aqui como ela disse. - disse ela deitando e continuando a ler um livro qualquer.

- Claro que não! Nós sempre fomos, vamos por favor? Mana, por favor, mama não irá saber!! - tentei convencê-la.

- E se ela descobrir, Jade? Estamos fritas! Ela vai nos matar! Melhor ficarmos aqui. - disse ela decidida. Teria que convencer ela de algum jeito. Ah.. Claro!

- Seu príncipe não estará lá? - perguntei a ela.

- Eles não frequentam os mesmos lugares que nós, Jade. - disse ela revirando os olhos.

- Claro que frequentam, eu já vi um deles lá. - menti. Mas menti por uma boa causa.

- Sério? Mas como? Eu nunca os vi lá. - disse ela desconfiada.

- Mas eles vão, juro mana. - garanti a ela.

- Talvez nós podemos ir. - disse ela e eu vibrei. - Mas só um pouco, Jade. Entendeu? - assenti sorrindo e a abraçando.

Francis Point Of View

Estava cansado de ouvir meu pai falar e falar sobre a política do país com o juíz Frollo.

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