| cobra em meio aos leões |

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Acompanho Dumbledore, ou melhor, tio Albus com certo receio

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Acompanho Dumbledore, ou melhor, tio Albus com certo receio. Mas mantenho minha pose indiferente. Quando finalmente chegamos ao Salão Principal com todos já sentados e conversando alegremente, eu me encolho um pouco atrás do meu "tio". Não me orgulho disso, claro. Mas é assustador como tudo parece exatamente igual, só mudam os rostos — se bem que eu nunca prestei atenção nos rostos.

— Fique calma e aja naturalmente. Se precisar falar comigo é só falar com algum professor ou elfo. Pode ir na minha sala também.

— Ok — assinto. Chegamos ao meio, bem onde ele senta. A atenção dos professores está completamente em mim, me fazendo gelar.

Eu preciso praticar minhas mentiras até que convenção a mim mesma, penso.

— Atenção — tio Albus colocou sua varinha na garganta, aumentando a voz. Todos olharam imediatamente para ele e pararam de falar. Ele retira a varinha — tenho a felicidade de anunciar que minha sobrinha Cerinne estudará o último ano conosco. Como podem ver ela já foi selecionado para a Sonserina — gritos e aplausos vem da Sonserina, o que me fez sorrir. É a segunda vez que isso acontece e parece ainda melhor — infelizmente os dormitórios estão cheios, então generosamente a Grifinória irá acolhê-la.

Um silêncio é feito e até pude ouvir um "coitada" na mesa da Sonserina. Alguns grifinórios aplaudem, outros parecem indignados e o resto tipicamente encara Dumbledore assimilando o que está acontecendo.

— Espero que possam recebê-la bem — ele coloca a mão no meu ombro, me empurrando fracamente em direção a mesa da Sonserina — boa sorte, querida.

Respiro fundo, indo em passos firmes e forçadamente despreocupados até minha tão conhecida mesa. Ela está cheia, mas logo na ponta havia um espaço vazio ao lado de uma garota morena. Ela parece muito mal encarada, mais do que o normal dos sonserinos. Tomo coragem e sento ao seu lado mesmo, ganhando um olhar mortal em troca.

— Isso sim é uma ótima recepção — murmuro, mas ela ouve.

— Não gostou, novata? Muda de lugar — diz. Encaro ela.

— Por que faria isso? Sua companhia pode ser agradável — dou de ombros, lutando para não soar irônica. Ela parece surpresa, logo franzindo as sobrancelhas, desconfiada. Não digo mais nada, virando-se para Albus novamente, que nos encara como o resto da escola.

— E que o banquete comece! — ele anuncia, fazendo aparecer comidas de diferentes tipos nas cinco mesas.

Como pouco, perdida em pensamentos.

— Só uma novata mesmo para de aproximar da traidora de sangue — uma garota comenta, não muito longe de mim. Ela é sonserina e até bonitinha, mas há algo em seu olhar que me fez arrepiar.

— Calada, vadia — rosnou a morena ao meu lado, batendo o punho na mesa. Isso chama a atenção de algumas pessoas.

— Palhaços precisam de plateia para o seu show. Ignore que para — aconselho, gerando um olhar incrédulo das duas. A mais afastada me olha com uma fúria sanguinária. Isso me lembra muito alguém que já vi, mas não consigo lembrar...

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