Belo Desastre

1

Ele sentou em uma cadeira, examinando as unhas enquanto esperava sua vez com o vidente. Ele não colocou nenhum pensamento em tal prática, achando a coisa toda ridícula que ele teria que passar por tal coisa em seu aniversário de todos os dias, mas ele preferiria fazer algo assim do que ter seu pai gritando com ele por desonrar o Nome Malfoy.

Ele poderia estar em casa em sua cama, aquela pequena loira ao lado dele. Qual é mesmo o nome dela? Kimberly? Kimmy? Tasha? Ele franziu a testa e acrescentou um encolher de ombros aos seus pensamentos. O nome dela não importava. Ela tinha saído cinco minutos antes dele, graças a Lucius jogando-a para fora. Ele achou estranho que seu pai tivesse feito as mesmas coisas que um adolescente, e ainda assim ele estava sendo tratado como se ele 'se prostituir' fosse diferente.

Ele culpou por ser completamente irresistível para as mulheres. Ele não podia realmente ajudar. Se era culpa de alguém, era de Lucius. Ele era o único que era Veela o suficiente para fazer o seu próprio filho o mesmo. Na verdade, Draco gostava de ter tanto poder sobre as mulheres. Eles não tinham ideia do que estavam fazendo quando ele estava por perto. Quando ele completou quinze anos, ele tinha chutado completamente e nenhuma mulher, velha ou jovem, poderia recusá-lo se ele quisesse alguma coisa.

Ele sorriu quando se lembrou de sua mãe dizendo-lhe como ela sempre achava que seu pai cheirava a bolo de chocolate, apenas saindo do forno. Só que Draco sabia que esse era um dos efeitos que ele tinha sobre as mulheres. Ele cheirava como suas sobremesas favoritas. Parecia ridículo para ele também, no começo, mas ele ouviu os gêmeos Patil discutindo sobre isso um dia. Ele cheirava a morangos cobertos com chocolate a um e algodão doce ao outro. Lembrou-se dos olhares em seus rostos quando ele começou a cantarolar atrás deles e logo os levou a ambos em um corredor no sétimo andar. Ele olhou para as unhas novamente, sorrindo quando ele se lembrou de suas várias tentativas depois de fazê-lo em sua cama.

"Sr. Malfoy?" Ele olhou para a pessoa inexistente chamando seu nome. "Ela vai te ver agora."

Ele se levantou, o roupão ondulando atrás dele enquanto caminhava atrás da cortina de veludo preto e encontrava uma velha anciã sentada atrás de uma mesa redonda, uma bola de cristal no meio. Ele se sentou na cadeira em frente a ela. Ela sorriu para ele, sentindo falta de vários dentes, e Draco se virou em desgosto, olhando para o resto do quarto.

"Você tem meu pagamento."

"Você é pago depois ... se eu estiver satisfeito com o que eu ouço."

Ela estreitou os olhos. "Eu odiaria te amaldiçoar, garoto. Pagamento primeiro."

Ele suspirou, sabendo que Lúcio ficaria um pouco infeliz com ele se fosse removido do lugar do vidente antes que sua palma fosse lida. Ele jogou uma pequena bolsa de moedas na mesa e a velha abriu-a, contando cada uma delas com prazer. "Vamos acabar com isso, vamos?" ele disse rispidamente. Ele estendeu a mão perfeitamente bem cuidada, palma para cima enquanto a anciã colocava o dinheiro no bolso. Ela segurou sua mão, seu lábio se curvou em um sorriso de escárnio enquanto ela usava suas mãos sujas e repugnantes para tocar as dele. Ele precisaria de um banho quando tudo isso fosse dito e feito.

"Ahh, sim. Você terá uma vida longa, Sr. Malfoy. Cheio de riqueza e ... felicidade."

Draco apenas levantou uma sobrancelha para ela. Ele não acreditava em muita coisa se não podia ver ou tocar, então confiar na palavra dessa mulher era algo que ele não estava disposto a fazer tão facilmente.

"Sim ... mas antes de tudo isso ... há muita tristeza à sua frente. Uma grande traição da sua parte."

Ele levantou uma sobrancelha. "Eu traio alguém? Quem?"