capítulo 32

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Capitulo 32
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Amanda...
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Hoje o dia foi relativamente calmo, Sammy se manteve estável a maior parte do tempo, se manteve ativo e acordado por um tempo relativamente bom, mas eu não havia acordado num dia bom, estava meio pra baixo, e quanto mais a noite vinha e o tempo começava a fechar pior eu ficava, chuva não era uma boa coisa quando estava nos meus dias ruins, conversei com Damob no celular e assim que desliguei caiu um toro e acabou a energia
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Me sentei no tapete do quarto de Sammy e fico o olhando deitado no berço, havia colocado uma vela em cima do móvel ao lado do berço, a janela estava entre aberta para entrar um ar e não ficar muito abafado, ele estava com os olhos abertos me olhando, fico mexendo com sua mãozinha e ele fica fazendo barulhinhos e se mexendo sem parar, tirando a coberta toda hora, respiro fundo ouvindo o trovão
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- ta chovendo filho, caiu a luz, papai ainda não chegou, sabe eu não gosto de chuva, me deixa assustada e mamãe não ta num dia bom, o remédio não ta ajudando muito eu acho
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Sammy me olha por um tempo e começa a mexer ainda mais as perninhas sem parar e se contorcer todo o corpinho, levanto e fico o olhando sem entender quando seu choro começa compulsivamente vai aumentando sem parar, o pego no colo e o balanço de leve um tempo, mas não parecia ajudar em nada e ele fica dez vezes mais irritado, o coloco de volta no berço e tapo os ouvidos
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- por favor Sammy para – digo sentando num canto do quarto – por favor, eu não sei o que você
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Quanto mais o choro piorava pior eu ficava, minha respiração começa a ficar cada vez mais difícil, saio correndo do apartamento sem ao menos ver para onde eu estava indo, descia a escada correndo a ponto de quase cair, os pingos grossos caiam em cima de mim, molhando toda a pouca roupa que usava, começo a andar sem rumo para o mais longe possível, onde não pudesse escutar o choro
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Sei que estava andando um tempo quando piscas alertas começam a ficar mais forte atrás de mim, continuou andando agarrada ao casaco já molhado, o carro finalmente para e eu acabo caindo de joelhos, ainda estava ofegando, o policial coloca seu casaco sobre meus ombros e me guia ate a viatura, me sento no banco de trás enquanto ele passa o radio para o hospital, depois se vira para mim
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- senhorita, sabe qual é seu nome?- pergunta me olhando
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- A... Amanda – digo tremendo
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- tudo bem Amanda, você tem algum numero de emergência? – pergunta enquanto dirige
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- do meu namorado – digo e passo o numero, não sei como lembrança disso- para onde estamos indo?
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- para o hospital, não se preocupa, o seu namorado vai te buscar la, so precisam te examinar – diz e eu assinto

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