A gente se conhece desde criança. Quando estava me tornando adolescente, aos doze anos de idade, a gente se beijou. Eu estava tão nervosa, nossos dentes se bateram tantas vezes, minhas mãos soavam e eu senti nojo depois. Acho que é normal com primeiras vezes.
Depois desse único beijo, a gente começou a namorar. Um namoro que pelo jeito, só existia na minha cabeça e de mais ninguém.
Quando estava disposta a querer algo sério, minha mãe descobriu quando leu minha mensagem para você e, sua irmã -aquela fofoqueira- nos entregou para meu pai.
Não estava pronta para um relacionamento naquela época. A gente se beijou uma única vez! Como poderíamos namorar? Como eu poderia ficar com alguém na qual nunca amei?
Foi bom, porque quando tudo isso acabou de vez, você arrumou um outro alguém, com a qual teve seu primeiro filho. Logo depois, abandonou a pobre coitada arrumando filho com outra em menos de um ano!
Hoje em dia quando te vejo com sua nova namorada, a madrasta de seus filhos, eu fico feliz. Fico feliz por não ter caído nas suas cantadas baratas, por não ser mais uma dessas que gostam de "Zé Droguinha" do seu nível. Fico feliz de não virar mãe de um filho seu, fico feliz de nunca ter te amado.
Por isso, querido "crush" eu já não sinto mais nada por você!
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Crush
Short StoryQuerido crush, eu já não sinto mais nada por você! Inspirado na trilogia "Para Todos Os Garotos Que Já Amei" da Jenny Han, onde posto pequenas cartas para os @s da vida.