Como Irmãos

Capítulo 36

Narcisa franziu os lábios enquanto olhava para as crianças esparramadas no gramado dos fundos. Toalhas espalhadas sobre a grama estavam cobertas de corpos usando trajes de banho que teriam feito a mãe dela ficar furiosa. Alguns até a fizeram estremecer. Ela lançou três feitiços diferentes de proteção solar sobre Draco e ela duvidou que isso fosse o suficiente. O desejo de fazê-lo deixá-la fazer mais uma coisa quase a subjugou e ela se manteve sob controle pela força de vontade.

Queimadura solar não era a pior coisa que poderia acontecer com um menino e amigos importavam. Ele e Gina tinham voado tão rápido e tão alto como eles correram um ao outro que ela murmurou para Lucius que às vezes ela se perguntava se o menino tinha um desejo de morte impresso em sua alma. Então ele e Harry foram piores e ela entrou, incapaz de fingir de seu assento no terraço que os dois não fizeram seu coração cair. Dois garotos e os dois atrevidos. Foi o suficiente para fazer uma mulher começar a beber.

Lucius tinha feito um jarro de vinho gelado e frutificado e isso ajudou a acalmar seus nervos o suficiente para tomar um gole do copo e sentar-se enquanto Lucius folheava o mais recente exemplar de O Profeta Diário e partes relacionadas que ele achava que poderia achar interessante.

"Acho que Crouch finalmente conseguiu alinhar tudo para o torneio em que vem trabalhando há anos", disse Lucius.

"Aquele homem", disse Narcisa. Ela não era fã. Ninguém que mandasse seu próprio filho para a prisão, por mais que o lunático pudesse merecer, poderia ser confiável. Se você traísse seu próprio sangue, do que mais você era capaz?

"Ainda não há notícias sobre o hipogrifo", continuou ele.

Narcisa olhou para Harry e Draco. "Goste disso", disse ela. Ela não tinha confrontado o par, ou Sirius, por tudo o que sua prima tinha mostrado sorrindo, cheirando a animal, e praticamente desafiando-a a perguntar. Havia algo a ser dito para fazer um plano e executá-lo com coragem o suficiente para que ninguém te descobrisse. Ela também deu a Draco uma colher de pedreiro e disse a ele que suas rosas precisavam capinar e ela esperava que ele voasse por todo o trabalho sem sequer um arranhão. Seus olhos se arregalaram e ele ficou mais pálido do que ela pensava ser possível.

Ela imaginou ter assustado um ano inteiro de bom comportamento com ele e também limpado suas camas de rosas. O prazer de tocar as orelhas de Dumbledore ajudou a aliviar sua fúria. Incompetente, ela ligou para ele, e descuidada, e uma ameaça. Ela se certificou de que a porta do escritório estivesse aberta e que Greg Goyle estivesse esperando do lado de fora.

Greg iria denunciá-lo ao pai, que notaria que os Malfoy ainda estavam firmemente no campo anti-Dumbledore. Se aquele retornasse, e ela tivesse certeza de que ele voltaria, a notícia chegaria aos seus ouvidos. Ela esperava que isso ajudasse.

Houve um grito feminino de indignação das crianças reunidas e Narcisa olhou para cima para ver Hermione Granger, encharcada na pele, olhando para Draco que tinha um jarro em suas mãos. Narcisa controlou sua risada. Ela não achava que se cansaria de ver os dois se moverem em direção ao tipo de amor que mudou o mundo.

"Sete horcruxes", Lucius disse suavemente. "E o garoto Potter é um."

"Nós destruímos o diário", disse Narcissa. "Eu preciso ir para o cofre de Bella e procurar a taça novamente. E o Sirius precisa tirar o medalhão das mãozinhas do Kreacher antes que seja tarde demais."

"Você acha que podemos confiar em Draco para encontrar o diadema? Eu continuo esperando por notícias de Minerva, mas até agora, nada."

Narcisa olhou para as crianças. Draco tinha os braços em volta de Hermione e a estava girando enquanto ela continuava a gritar, desta vez em deleite. "Deixe-os ser crianças um pouco mais", disse ela. "A tempestade virá em breve."