Capítulo 2

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(* Rapariga - moça, mulher nova, menina, garota, adolescente do sexo feminino)

POV MACKENZIE
Entro, fecho a porta atrás de mim e com um sorriso divertido no rosto deparo-me com uma sala simples. Olho em volta e algo chama a minha atenção, em cima de uma moderna poltrona de pele castanha encontra-se um sutiã de renda vermelha.

Deve ser da Denver.

Largo as malas ao lado do sofá de pele branca que se encontra de frente para um enorme plasma preto e começo a explorar a casa.

Encontro uma casa de banho com uma banheira fenomenal, onde quiçá passarei bons momentos e dali sigo pelo corredor que dá acesso à ala onde provavelmente se encontram os quartos.

Ali existem três portas, duas à minha direita e uma à minha esquerda, reparo ainda que no fundo do corredor existe ainda uma outra porta camuflada na cor das paredes.

O que será?

Começo a explorar pela primeira porta da direita, ao entrar deparo-me com um quarto que foi o palco da III Guerra Mundial, e devido à enorme quantidade de fotos presentes neste, chego à conclusão que é o quarto da Denver.

Volto ao corredor e opto pela segunda porta da direita.

Abro a porta.

Congelo.

Sinto a cor a ser drenada do meu rosto com a cena com que me deparo.

Algo que eu não imaginava ser possível encontrar logo no meu primeiro dia aqui.

Na cama estão duas pessoas, um rapaz deitado com uma loira oxigenada por cima a gemer com se fosse uma atriz porno.

Quando dão pela minha presença, o primeiro a pronunciar-se é o tal rapaz.

– Olá boneca! - diz correndo os olhos pelo meu corpo - Queres juntar-te a nós? - oferece com o tipo de sorriso que durante grande parte da minha infância me foi muito familiar.

– Desculpem! Quarto errado! - digo em desespero começando a fechar a porta, mas não antes dele conseguir acrescentar:

– Fica para uma próxima!

Fecho a porta e encosto-me nesta, escorrego por ela até estar sentada no chão, enquanto lágrimas de desespero correm pela minha face devido às terríveis lembranças que são trazidas à tona devido a este episódio.

Tento acalmar-me. Respiro fundo várias vezes enquanto limpo e tento controlar as lágrimas incessantes que teimam em escorrer pela minha face sem dar tréguas. Levanto-me e dirijo-me para a porta que se encontra na parede à minha frente, abro-a e encontro outro quarto, que pelo modo impessoal como se apresenta, deduzo que será o meu.

Respiro de alivio.

Dou meia volta e dirijo-me à sala, onde deixei as malas, agora já mais controlada do que há momentos.

Já no quarto, coloco as malas em cima da cama, uma cama simples de colcha branca. Vou para abrir a primeira mala quando me lembro de que a senhora da secretaria me informou que o diretor quer conversar comigo.

Deixo as malas para arrumar mais tarde.

Quando saio do quarto reparo novamente na porta que se encontra camuflada ao fundo do corredor, caminho até esta.

Tento abri-la, mas não consigo.

Está trancada.

No instante em que vou tentar novamente ouço um grito estridente, salto com o susto e com o coração nas mãos apresso-me a sair do apartamento, indo ao encontro do diretor.

Lembranças ImperfeitasOnde histórias criam vida. Descubra agora