Prólogo

39 3 0
                                    

De cabeça baixa olhando para minhas mãos,eu simplismente não conseguia olhar para seu rosto,pela primeira vez na minha vida inteira eu não conseguia encarar aqieles lindos olhos escuros que me encaravam não mais com intensidade ou confusão e sim com..talvez fúria?
Quem soubesse como tudo isso chegou a acontecer desde o início,estaria com toda certeza me achando uma puta fingida,depois de tude que fiz,com vergonha de olhar nos olhos do homem que me entreguei?Parece até cômico,mais naquele momento tentava não pensar muito nisso e apenas me concentro no grande problema em que fui arrumar para minha vida.
 
-isso aqui é sério?Ta falando sério comigo?Isso não é mais de uma de suas brincadeiras não é?Por quê se for foi de mal gosto Ana!-Diz Erick com o laudo médico que confirmava minhas suspeitas a alguns dias atrás.

Diz ele com o tom grosso e alto fazendo-me o olhar espantada pelo seu grito e rapidamente olho em volta,me certificando de que ninguém estava por perto. E com a voz mais baixa do q costume,sussurro.

-Por favor,não grite,podem nos ouvir..E sim,é verdade sim.-digo essa ultima parte chorando mais.

-Como isso aconteceu ?COMO VOCÊ DEIXOU ISSO ACONTECER ANA?TEM NOÇÃO DO QUE FEZ?TEM NOÇÃO DO QUANTO ESTAMOS LITERALMENTE FODIDOS?-Erick se exalta me fazendo arregalar meus olhos e dar alguns passos para atrás e finalmente tomo coragem para o olhar.

-Eu não fiz isso sozinha,a gente sabia desde o começo o que estavamos fazendo!E simplismente aconteceu,não da pra tirar!vamos ter que assumir  a consequência disso juntos Erick.-Eu digo o olhando segurando um pouco mais o choro que a cada segundo insistia mais em descer.

-Juntos?Não existe juntos nisso tudo Ana!A gente sabia sim o que a gente tava fazendo mais eu cumpri meu papel em ter usado camisinha todas as vezes!Vai saber se é minha mesmo.

Ele diz me fazendo ficar perplexa e por um instante minha fisionomia mudou de triste para furiosa,nunca fui santa mais me agredir com tais palavras,aquilo não iria permitir.
E foi por isso q tomada por impulso o enpurrei,mais ele por reflexo segura meus braços antes mesmo deles chegarem perto.

Sinto minhas costas tocarem a parede com força e o olho assustada.

-Que foi Ana,vai negar que não é puta?Nós dois sabemos do que aconteceu naquele dia,n se lembra da forma como se comportou?-ele diz a última parte em meu ouvido baixinho fazendo me arrepiar,mais não de desejo como das outras vezes,não era algo bom daquela vez,eu me arrepiei de repulsa,de raiva e ódio não so dele mais como de mim também.

A marca dos 5 dedos em seu rosto foi impossível não controlar,juntamente com as lágrimas que segurava a minutos atrás.

-Você está dizendo isso pra me machucar,porquê não quer assumir as consequências de uma coisa que nós dois fizemos juntos Erick!

-Essa coisa não é problema meu,e se chegar nos ouvidos do meu pai,da minha madrasta ou até mesmo da minha irmã de que essa peste é minha,eu juro Ana!-ele diz e aperta meu pescoço com força me fazendo perder o ar e dar tapas em suas mãos pra me soltar.

-Acho que ja entendeu o recado!-ele me solta e caiu no chão quase rocha e tossindo muito.

-Você vai dizer pra Adriele que está se sentindo mal e vai embora agora mesmo daqui!E tem mais,não a quero perto de minha irmã se eu souber você esta morta Ana!

Ele diz autoritário como sempre foi e acaba que por sair dali e so entao eu choro ainda mais,de soluçar.

Fico o tempo necessário naquela casa abandonada e só então decido ir embora,não iria voltar ora festa e dizer nada a Adriele.

Eu tô sozinha nessa,disso eu sei,não irei poder com o apoio de ninguém que não seja de minha mãe.
Coloco a mão sobre meu vestido por cima da minha barriga e sussurro.

-A gente não precisa dele ,a gente tem um ao outro agora.

-----------------♡-------------------

Consequência de uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora