cap.17 [visão do Ten]

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Chego em casa de madrugada. O porteiro me reconheceu e me deixou entrar, meus pais estavam dormindo. Fui direto para meu antigo quarto. Ele continuava do jeito que eu havia deixado, mas é tudo tão diferente agora.

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Acordo com a cortina sendo aberta, como nos velhos tempos... Era minha mãe, com toda sua energia e vontade de me animar de sempre. Eu amava aquilo e sentia muita falta de ter ela por perto diariamente.

Mãe: Bom dia, meu amor. Seja bem-vindo a sua casa novamente.- ela me abraça, seu abraço é tão bom.

Eu: Estava com saudade, mãe.- sorrio e a abraço de volta.

Ela me ajuda a desfazer a mala enquanto me conta as novidades da Tailândia. Digo a ela que tudo na floricultura está bem e que já temos uma clientela boa. Ela parece estar orgulhosa por mim.

Vou tomar banho e ela logo me avisa que vamos passear com meu pai pela vizinhança, "para eu matar a saudade", como ela disse.

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Uma semana já tinha passado.

Já fiz diversas coisas. Fui em minha antiga escola, passeei no rio, fui aos parques, bibliotecas e shoppings que frequentava. Além disso, passei alguns dias indo ao trabalho de meus pais, assim como fazia na infância.

Meu pai: Você não sente vontade de voltar, filho?

Eu: Sinto saudades daqui e de vocês, mas já tem coisas que me prendem lá na Coreia...

Meu pai: Ah... Verdade, você já tem até uma namorada por lá!

Sorri, mas meu coração doía por dentro.

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Estava em meu quarto, assistindo um filme, quando bateram na porta.

Mãe: Filho, vou entrar...- ela entra e sorri para mim -O que está assistindo?- se senta ao meu lado.

Eu: Ah, é só um filme de terror que eu achei.

Mãe: Você? Assistindo filme de terror?- sorrio.

Eu: Me faz lembrar de uma pessoa, então me faz bem...

Mãe: Meu amor...- olho para ela, que parece estar preocupada - Eu conheço você, você não está bem... Aconteceu algo?

Eu: Mãe... Eu não sei como estão as coisas com Ana.- não consigo segurar, começo a chorar- Eu me arrependo da atitudes que tomei e agora não sei nem como ela está. Isso está doendo muito, ela é a melhor coisa que já me aconteceu lá na Coreia.

Ela me abraça e passa a mão em minha cabeça.

Mãe: Calma, isso vai passar, ta bom?- ela dá um beijo em minha testa- Pode chorar filho, guardar isso para você só vai piorar.

E ali ficamos, por um bom tempo. Ela me confortava enquanto eu transbordava em lágrimas.

Quando me acalmei ela voltou a me aconselhar.

Mãe: Filho, tudo acontece por algum motivo. Você vai voltar e vai conseguir resolver as coisas, eu sei disso. Isso tudo só vai mostrar que o que existe entre vocês é mais forte. Então não fique triste, tudo vai ficar bem.

**Ten off**

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my flower boy; ten (nct)Onde histórias criam vida. Descubra agora