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Capítulo 15 - A sasaeng e o acidente.

Caminhávamos de volta para o carro quando Sehun percebeu que havia algo estranho, alguém aparentemente nos seguia.

Continue andando, apenas continue e não olhe para trás – Disse ele, com a mão em minhas costas me fazendo caminhar no mesmo ritmo que o dele –.

Porquê? – O questionei assustada –.

Não faça perguntas agora, continue com a cabeça baixa, depois eu explico ­– Disse ele, quase que em um sussurro enquanto encarava o chão em meio a passos acelerados –.

Finalmente avistamos o carro, esse era de um modelo bem diferente ao que ele usara das últimas vezes, não parecia ser tão caro quanto o outro, mas seus vidros ainda eram negros.

Entra no carro AGORA – Ordenou –.

Entramos rapidamente, Sehun sequer colocou o cinto, tamanha pressa, apenas deu partida no carro e saímos o quanto antes dali.

Pude ver que uma mulher encarou o carro passar por ela, não consegui ver o rosto, estávamos indo rápido demais.

Dá para você colocar a droga do cinto de segurança – Disse a ele, com um tom autoritário na voz, ele apenas riu pelo nariz –.

Paramos em um semáforo e ele finalmente colocou o cinto.

Você pode me explicar o que está acontecendo? – O perguntei, mas ele sequer me ouviu, seus olhos encaravam o retrovisor a todo o momento, parecia estar preocupado –.

O sinal abriu e Sehun acelerou, deixando marcas dos pneus no asfalto, ele dirigia acima do limite de velocidade, seu semblante estava fechado.

Sehun, o que está acontecendo? Você pode ir mais devagar? – Ele continuava checando os retrovisores visivelmente nervoso –.

O carro cinza – Gesticulou, me fazendo olhar pelo retrovisor interno ­–.

Estão nos seguindo? – O questionei –.

Não é óbvio ­– Respondeu-me com certa rispidez –.

Mas quem? Porquê? – Perguntei –.

Sasaeng – Disse ele –.

O carro cinza permanecia ali, logo atrás de nós a todo instante, Sehun passava rápido em meio aos outros veículos, dirigia de forma totalmente imprudente, meu coração estava acelerado, parecia querer saltar de minha boca, minhas mãos suavam frio.

Após uma longa reta, pegamos um cruzamento, Sehun furou o sinal vermelho, mas ainda estávamos sendo perseguidos.

A nossa frente encontramos novamente outro cruzamento, dessa vez na pista a nossa frente haviam carros, o sinal então mudou do verde para o laranja fazendo-os reduzirem a velocidade.

Sehun tentou frear, mas estávamos rápidos demais, tentou também mudar de pista, mas já era tarde demais, havíamos atingido um dos veículos a nossa frente.

Nos primeiros segundos ficamos um tanto atordoados, devido o impacto, tanto da colisão quanto dos airbags que se abriram diante da batida.

Sehun logo se voltou para mim – Me encarou enquanto me questionava sobre estar bem –, então antes que eu pudesse responder senti o liquido escorrer pelo meu nariz e logo gotejar em minha roupa, minhas mãos foram imediatamente até o meu rosto.

Ele estava nervoso, suas mãos tremiam, ele logo as levou até a cabeça, enquanto repetia a mesma frase.

Me perdoa – Era a única coisa que saía de sua boca aquele momento –.

Minhas mãos tentavam conter o sangramento.

Sehun alcançou o celular e ligou para Suho, não explicou nada, não precisou o tom de desespero em sua voz fez ele não questionar, permanecemos dentro do carro.