Capítulo vinte e dois - Uma chance para nós dois

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   Olhando para Scott, eu fico sem palavras. Não acredito que o imbecil que eu conheci é o mesmo que disse todas essas palavras tão lindas para mim. Ele está se esforçando por mim.

   Mas eu não sei se devo. Isso é tão difícil para mim. Não quero quebrar seu coração, quero ficar com ele, mas não sei o que dizer. Talvez eu deva dar uma chance para nós dois.

   Eu limpo as minhas lágrimas e pulo para os seus braços sem me importar em me molhar também. Scott deixa o guarda chuva cair no chão para me abraçar também.

    Em menos de vinte e quatro horas, eu tive saudades do seu abraço. Acho que já estou condenada mesmo. Scott conseguiu me fazer essa idiota apaixonada.

    Eu olho para os seus olhos vermelhos e decido acabar com o seu sofrimento. Um sofrimento que eu mesma causei. Beijo ele debaixo da chuva. Um beijo de cinema e a chuva só dá um toque mais romântico ao momento.

   Às vezes é bom não se importar muito com as coisas. Tenho que parar de me importar com o facto de eu ser uma pessoa ruim. Tenho que ser feliz enquanto o universo está me dando essa oportunidade para ser feliz.

   Scott tem razão. Nunca saberemos se somos bons um para o outro se não tentarmos. Não posso desistir assim. Seu discurso improvisado me fez pensar melhor. Me precipitei na minha decisão.

   Ele se afasta para olhar para mim como se não acreditasse no que está acontecendo. Ele passa a mão nos meus lábios e sorri.

    — Então, você quer ficar comigo? — Ele pergunta.

    — Você mesmo disse. Nunca saberemos se não tentarmos. — Digo e ele me beija de novo.

   Saímos da chuva e entramos no elevador. Não conseguimos parar de nos beijar, nem quando entramos no apartamento de Quentin. Deve ser Bratt que deu o endereço para ele. Ainda bem que fez isso.

    Eu fecho a porta e ele me agarra para me beijar de novo, mas eu me afasto. Não tinha reparado que ele estava tão lindo de capuz. Parece o Justin Timberlake na música Cry me a river.

    — O que foi? — Ele pergunta.

    — Você é louco, sabia? — Sorrio.

    — Eu sei. — Ele coloca as mãos no meu rosto. — Sou louco por você. — Ele me beija mais uma vez. — Onde você está dormindo?

    — Isso importa? — Pergunto.

    — Tem razão! — Ele me leva para o quarto de Quentin e me beija.

    A gente se beija intensamente, ele morde meu lábio, beija meu pescoço e começa a tirar a minha roupa lentamente. Tira primeiro o meu casaco e a minha blusa, depois faz uma pausa para me beijar. E seus beijos são tão bons!

    Eu ajudo ele a tirar sua roupa também. Não consigo parar de sorrir, nem ficar um segundo sem beijar seus lábios. Ele é o meu mal, mas num bom sentido.

   Sinto os braços de Scott em torno de mim e abro os olhos sorrindo, mas vejo Quentin parado na batente da porta observando a gente com o rosto curioso. E um pouco furioso.

   Eu sorrio para ele. Ele arqueia a sobrancelha e depois olha para Scott, que beija o meu ombro e não parece perceber que temos companhia.

    — Vamos para o segundo round? — Scott sussurra no meu ouvido.

    — Oi, Scott! — Quentin diz.

    — Filho da puta! — Ele diz. Ambos sentamos na cama. Eu estou tentando não rir. — Que susto!

Impiedosamente quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora