Uma vez o tédio
Achou por bem ir há rua
Sacrificar o trabalho
De responsáveis
E puniu plantas
Gentes, sorrisos e conversas
Admirou as telhas
E as plantas mortas
E se sacudiu seus sonos
Plantando vida
Novamente e tudo
O que não vivia acordou
Com os olhos de justiça feita
Pedras, telhas, calçadas
Ficaram-lhe gratos
Mas o céu
Era tarefa para um deus
O tédio não podia
Fazer mais nada
Até que forçada mente
A noite veio 4 horas mais cedo
E apareceram estrelas
E o tédio ficou olhando
Para todo aquele véu
Até que surge uma caravana
De bitoques
E uma de pipocas
Outra de bebidas
E ainda outra de flores
Então ai toda a gente
Abandonou o tédio
E ele com seus sentidos
De solidão desapareceu
Agora espera em outra
Estância por suas forças
Que ão de vir
Toda gente desapareceu
Menos um ciclista
Ela olhou para mim
E disse
- ajudas-me a beber
( Não posso
É contra os meus bens )
- posso ver teu rosto
( não )
- porquê?
( Porque eu ataco )
- quem és
( sou o tédio )...
... O mundo não aceita
- compreendo...
" meio que a rir "
O tédio porém
Saca de um relógio de pulso
E faz o despertar
Teve de olhar pelo mundo
Quando se encosta
A gente há beira
De não fazer nada
Para chegar a lembrar
Ao mundo
Que há um tédio
Superior
Cansar o corpo
Para irem deitar
E aguardarem
Que madrugada seja
Pura mentira
Onde entidades
Evoluem e as verdades
São todas falsas
Porque
As sombras da mentira são
Todas do senhor tédio!