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09:09 AM, 21 de setembro, 2018.
Em algum lugar em Los Angeles.

É muito estranho quando você dorme em algum horário que você não está habituado e você está tão cansado que acaba dormindo que nem uma pedra, horas mais tarde você acorda aflito pois não sabe nem que horas são muito menos se por acaso já é um outro dia ou não.

Era assim que eu estava me sentindo agora. Confuso, minha cabeça doía muito e eu não sabia que horas eram e nem aonde eu estava. Quando abri os meus olhos percebi que estava em um quarto, mas não era o meu quarto.

Levantei minha cabeça para observar melhor, rodei meus olhos por todo o cômodo e quando tentei me mover percebi, eu estava algemado na cabeceira da cama onde eu estava deitado.

Mas que porra é essa? Aonde eu estava? E por que eu estava algemado?

Tento puxar meus pulsos contra aquelas algemas, mas foi sem sucesso. Me remexi mais um pouco dando longos suspiros de fracasso mas não consegui me soltar.

—Droga —falei em voz alta, minha voz estava rouca.

Logo desisti de tentar me soltar pois meus pulsos já estavam começando a ficarem vermelhos e doloridos de tanto serem puxados para eu tentar escapar. Parei um minuto para observar melhor o quarto, tá bom, grandes chances de ser um quarto de uma garota, era um quarto espaçoso, as paredes eram escuras, piso de madeira, a cama era bem moderna e bem fofa, dois criados-mudos ao lado da cama com luminárias,  no meu lado direito havia uma porta e no lado dela uma armário enorme de coloração branca.

A minha frente havia uma enorme TV de tela plana na parede, no lado da TV havia uma grande escrivaninha com alguns matérias de arte e um grande mural cheio de desenhos e luzinhas, também tinha um enorme espelho como se fosse uma penteadeira.

No meu lado esquerdo haviam grandes janelas em forma de meia lua com um espaço com almofadas e um sofá mais baixo.

Acabei percebendo uma outra porta e ela parecia a porta para sair do quarto. Então tive a brilhante de ideia de pedir ajuda, alguém poderia me ouvir certo?

—SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA, EU ESTOU PRESO, POR FAVOR EU PRECISO DE AJUDA! SOCORRO! —gritei o máximo que eu podia, senti minha voz falhando, mas continuei a gritar por mais uns 5 minutos.

Droga, aonde fui me enfiar? Por que eu não me lembrava do que aconteceu? Será que eu estava sozinho?

Comecei a ficar desesperado, eu não sabia aonde estava e não sabia por que diabos eu estava algemado ali.

Então me desabei a chorar, não mantive meu desespero, minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto e minha respiração foi ficando falha, comecei a ter um ataque de pânico. Me revirei na cama, tentando pela última vez me soltar, gritei o máximo que conseguia novamente. Meus pulsos doíam e minha garganta ardia. Mas meu pânico só se cessou quando escutei uma chave sendo virada em uma das portas e a mesma sendo aberta.

Meu coração começou a bater forte.

Me encolhi em cima daquela cama com medo, não sabia o que podia acontecer comigo. Então percebi que alguém tinha entrado, essa pessoa estava toda de preto, jeans pretos, moletom preto, coturnos pretos, luvas sem dedos pretas, com uma máscara na cara, touca e com capuz, só podia enxergar seus olhos. Essa pessoa entrou com uma bandeja, não consegui ver o que estava em cima dela.

A pessoa deixou a bandeja em cima de uma escrivaninha, voltou a porta falou com alguém lá fora e voltou para dentro, percebi que a pessoa era uma mulher. A porta atrás dela foi fechada e escutei a chave sendo virada, eles tinham trancado a porta novamente.

Stockholm Syndrome | Jonah MaraisOnde histórias criam vida. Descubra agora