Capítulo 8

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-Dylan! -ele grita e toda a atenção bem até nós.

-O que foi? -pergunto.

-Venha aqui! -ele grita novamente segurando meus braço.

-Meu solta -digo o empurrando para longe.

-Não! Você vem pra casa comigo!

-Não vou não! Agora eu sou dono do meu próprio nariz!

Ele fica com a cara vermelha de raiva, ele me segura pelo braço cortado que começa a sangrar.

-Tá me machucando! -sangue começa a escorrer em seu braço.

Ele se segura pelos dois braços e me suspende no ar.

-Você é meu filho e você vai me obedecer!

-Não vou não!

Digo olhando para o carro dele, eu aponto para o carro e imagino com todas as minhas forças ele se quebrando e batendo no chão.

Um barulho ensurdecedor ecoa e os vidros começam a se quebrar, meu pai me solta e eu caio no chão, mas eu ainda olho fixamente para o carro, ele suspende no ar e bate no chão furiosamente.

-Não! -meu pai grita e vai até o carro observando o desastre.

Eu fico paralisado e não consigo me mover, Gael me pega pelo braço e me ajuda a correr para minha casa.

-O que foi aquilo? -ele pergunta.

-Eu não sei -digo já em casa e me sentando na cama.

-Sabe sim! Só não quer me contar!

-Eu não sei Gael!

-Sabe!

-Meu deixa em paz! -digo me deitando na cama.

-Quer que eu te deixe em paz? Tá bom, eu deixo! -ele diz pegando a mochila dele e batendo a porta.

Eu me levanto e olho para o meu tênis:

-O que será que aconteceu?

Eu me pergunto por uns instantes e acabo lembrando do livro Telekinesis.

Eu vou até a estante e tiro o livro, eu folheio algumas páginas até achar uma que diz:

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"O poder Telekinesis pode ser despertado quando a pessoa portadora desta força está em perigo ou está sentindo dor extrema"

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-Não pode ser.

Ouço alguém batendo na porta, vou até ela e a abro, Gael.

-Desculpa -peço abaixando a cabeça.

-Não precisa se desculpar -ele olha para a rua- eu ia embora, mas eu vou cuidar de você primeiro.

Ele pega meu braço machucado, ele já não está sangrando.

-Impossível! -ele admira a ferida que estava já fechada.

-Tam bem acho, é isso já não é a primeira vez que isso acontece.

Ele me olha nos olhos, seus olhos sempre brilham quando ele me vê.

-Vamos cuidar disso -ele diz entrando e me puxando para a cama.

-Obrigado.

Ele me olha e me dá um beijo na testa.

Telekinesis - A evolução do poderOnde histórias criam vida. Descubra agora