7 - Reencontro

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- Nando? – Alguém exclama atrás de mim e o meu corpo inteiro estremece ao som da sua voz, só posso estar enlouquecendo.

Por mais que eu tente com todas as minhas forças não aceitar que é quem eu estou pensando, seu perfume ainda é o mesmo e meu traiçoeiro coração bate da mesma forma que anos atrás, confirmando que é ela.

Estou lutando contra mim, pois a vontade que tenho é de sair correndo para o mais longe possível dela. Mas prometi a mim mesmo que não deixaria que ela continuasse afetando a minha vida.

Tomo coragem e me viro para encara-la, péssima escolha! Ela não mudou nada e ao mesmo tempo está ainda mais bela que antes.

 Tomo coragem e me viro para encara-la, péssima escolha! Ela não mudou nada e ao mesmo tempo está ainda mais bela que antes

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Sua roupa está perfeita e a blusa de seda que ela veste por baixo do blazer branco é de enlouquecer qualquer homem.

Eliza também me inspeciona e sinto meu corpo queimar com o seu olhar, sua boca se abre levemente e de repente tudo o que eu quero é provar mais uma vez os seus lábios.

Respiro fundo e volto a realidade, nunca mais irei beija-la! Não depois do que ela fez comigo.

Dispensou o meu amor para se entregar a um idiota, ou pior, ao idiota do meu inimigo.

- Bom dia senhorita Eliza! – Digo seco, toda a minha mágoa sai junto com as minhas palavras.

Ela pisca algumas vezes e começa a ficar vermelha.

- Bo-bom dia! Em que posso ajudá-lo? – Ela põe as mãos na cintura e me encara séria.

- É a senhorita que está de frente no setor?

- Sim senhor! – Ela infelizmente fica ainda mais bela quando está irritada.

Como não imaginei isso antes? Era óbvio que ela assumiria a gerência da produção! Além de ser formada em Engenharia de produção juntamente com a minha irmã, ela ainda é de total confiança da família e com a Helen indo embora, com certeza ela seria a pessoa ideal para o cargo.

- Pode me explicar como deixou com que a produção parasse por falta de matéria-prima? – Ela fica ainda mais vermelha, isso exige muito do meu alto controle.

- Eu avisei várias vezes para a Helen, enviei os pedidos de compras, mas comprar não está na minha jurisdição. – Ela parece ter se ofendido com a minha pergunta e eu não ligo, quero mesmo irrita-la, assim ela sentirá um pouco do que eu senti e ainda sinto.

- Não tenho tempo para discutir o que fez ou deixou de fazer, preciso resolver o problema logo, ou o prejuízo será ainda maior. – Ela parece desconfortada com a minha presença. – A senhorita tem uma cópia dos pedidos, a mesa da Helen está uma bagunça, nem sei por onde começar a procurar.

- Sem problema, venha a minha sala, por favor! – Ela passa por mim e só agora percebo que o tal homem que me recepcionou já foi embora.

Eu a sigo até uma porta branca, a mesma é aberta e ela entra, eu faço o mesmo.

Sempre foi vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora