Capítulo 4

50 6 0
                                    

Sun-Hee P.O.V

— Uma cópia do formulário, 3 cópias do certificado de residência, uma cópia de declaração de rendimentos... – Eu o interrompo.

— Desculpe, pode ir mais devagar? – Jesus, esse homem vai cair duro no chão se não fizer uma pausa para respirar!

O cara apenas me encara e volta a falar. — Certificação fiscal, certificação de emprego para a guarda, relatório de condição da criança sobre seus cuidados. Ah, e... – Eu o corto novamente.

— Mas eu não sou a responsável...

— Então você deveria ter ido até a delegacia de polícia. – Me encara com tédio estampado em seu rosto.

— Mas a polícia me mandou aqui!

— Apenas considere ser a responsável e declare que não tem como criá-lo. – Ele ao menos olha na minha cara ao falar...

Estou tentando não perder a paciência...

— Por que mandá-lo á um orfanato, se há um responsável? – Eu pergunto e o homem á minha frente suspira.

— Senhora, nós estamos andando em círculos... – Mexe em uma papelada e encara o rapaz sentado e encolhido no banco de espera. Na mesma hora em que o olhamos, uma moça passou por ele e acabou se assustando consigo e, acredito eu, que é por causa de sua aparência que não está nenhum pouco boa, muito menos o cheiro.

O homem que estava me atendendo volta a falar comigo.

— Então, há outra maneira mais fácil. – Fala e eu vejo que ele está hesitante com o que vai dizer.

— E qual é? – Pergunto esperançosa.

[...]

— Quanto você pagou? – Meu vizinho pergunta.

— Quinhentos dólares.

— Quinhentos dólares? Que roubo! – Ele esbraveja.

Estavamos voltando para casa em seu carro. Eu estou completamente esgotada depois do dia de hoje!

— Nós deveríamos dar um banho nele primeiro. – Ele propõe após sentir o cheiro do garoto ao nosso lado e ver como suas unhas estão incrivelmente enormes e sujas, parecendo enormes garras extremamente afiadas.

[...]

Narrador

Já em casa, o garoto selvagem estava agaixado em cima de uma poltrona enquanto estava concentrado em fazer rabiscos no braço de madeira do sofázinho com o antigo lápis do policial que havia deixado cair no chão no mesmo dia em que veio aqui.

Enquanto o rapaz estava distraído, Jennie – Que estava na escola. – chega em casa, fazendo com que o garoto levante a cabeça em alerta e começe a procurar o lugar onde o barulho está vindo.

Enquanto a garota tirava seus sapatos, percebe que o menino a encarava, fazendo com que a mesma tome um susto.

— O que?! – Paralisa no lugar e Sra.Kim chega perto dos dois.

— Querida, você pode pegar algumas roupas velhas de seu pai? – Ela pergunta enquanto a pobre garota continua  parada igual estátua sobre o olhar profundo do garoto á sua frente. — E você – Aponta para o rapaz. — Vem comigo. – E sai indo para o banheiro.

[...]

O menino encarava seu reflexo na grande bacia cheia de água quente e quando Sun Hee entra no banheiro, encontra o menino bebendo a água que seria usada para deixá-lo limpo e cheiroso.

A Werewolf BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora