Prefacio

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- Isso é incrível!!

- Eu sei.

- Já contou pra vovó?

- Não, ainda não você é a primeira, lu.

- Ai meu deus Bel, você sempre sonhou em ter essa coluna, se esforçou tanto pra isso. Estou tão feliz.

-Obrigada, amiga. Estou feliz também.

...

Nem acreditava que eu havia conseguido, depois de tanto tempo eu finalmente tinha uma coluna no jornal aonde trabalho.

- Ai meus deus eu tenho uma coluna. Meu deus eu tenho uma coluna no Journals Newt News. Ai meus o que eu vou escrever?

Disse aos berros no meu apartamento de frente para o parque.

Finalmente eu tinha uma coluna e não sabia o que fazer com ela.

- Brincadeira!

Pois é, achei que não conseguiria ter uma coluna e agora que tenho nãos ei o que escrever.

Sou formada em Jonalismo, trabalho no terceiro jornal da minha cidade, tenho 30 anos, um gato (Mostarda) e um cão (Panqueca). Não namoro, moro em um apartamento pequeno, que por fora parece que você esta entrando em um daqueles prédios que da pra fazer um filme de terror. O elevador vive quebrado, o porteiro é um fantasma porque nunca esta quando você precisa dele. Principalmente quando você veem do mercado e está com várias sacolas na mão e não acha a chave para abrir a porta.

Fui criada pelos meus avós depois que meus pais morreram em um cruzeiro.

Mas, essa história não é sobre minha vida pessoal, mas sim sobre minha coluna como eu comecei a escrever e como são os textos.

...

Era um sábado de manhã, eu precisava escrever a coluna e entregar até domingo a noite, mas não tinha ideia do que escrever. Minha avó ainda não sabia que eu havia conseguindo a coluna, então resolvi dirigir até a casa dela e contar pessoalmente e quem sabe com as historias do meu avô ter inspiração para escrever.

Entrei assim que cheguei, já senti o aroma de comida no ar e já sabia.

- Ahh vô sabia que você estava cozinhando.

- Belzinha, não sabia que viria.

- A vô, desculpa vir assim sem avisar eu apenas vim.

- Imagina, você sabe que pode vir sempre que quiser. Sua avó esta cuidando da roseira.

- A sua danada ,eu vou arrancar você querendo ou não. Vovó resmungava ao tentar arrancar um erva daninha que tinha se instalado em suas roseiras.

Essa cena foi hilária, vovó caiu de bumbum no chão, porque se desiquilibrou

- kkkkkk.

- Bel? Ora para de rir da sua avó e venha em ajudar.

- A vó foi engraçado.

- Hurum, mas enfim arranquei essa danada.

- Nossa, como elas estão lindas,como cresceram.

- É neh, faz tempo que a moçinha não vem ver os avós.

- Ahh vó, desculpa estava com muita rotina e o trabalho

- Humm, eu sei, mas eu sinto falta da minha netinha. Esta tudo bem?

- Sim vó, vim porque preciso contar uma novidade.

- Bom pode contar no almoço, vai la ajudar seu vó.

- Ok.

- Vô? Posso colocar a mesa?

- Sim querida pode colocar.

- E então a velha conseguiu tirar a aquela erva?

- Sim vô e de bunda no chão kkk

- De bunda no chão?

- Não acredito que você ainda esta rindo disso bel.

- Ah vó foi engraçado.

- Bom esta tudo pronto aqui, vamos nos sentar e servir.

- Nossa vó esta lasanha esta com a cara muito boa, que saudade da sua comida.

- Ta vendo, so sente falta da sua comida.

- Ora velha pare de ser resmungona.

- Huum, então Bel o que você queria contar.

- Eu consegui uma coluna no jornal.

- Mas isso é incrível.

- Que alegria belzinha, você queria tanto, mas porque essa cara de preocupada.

- Então, eu sonhei muito com isso, mas agora o problema é que tenho que entregar amanhã a noite e não faço ideia do que escrever. Vô? Ser que se você contar uma de suas historias eu me inspire.

- Belzinha, acho que as historias malucas do seu vô, não vão ser de ser de ajuda.As pessoas não vão querer ler sobre fadas no quintal ou sobre o gnomo que roubou a meia dele.

- Ora velha minhas historias são incríveis. Você gostava das minhas historias quando éramos mais jovens. Alias foi assim que conquistei sua avó Bel.

- Serio vô?

- Sim. Tudo começou quando eu entregava leite no orfanato em que sua avó trabalhava, foi amor a primeira vista ou como gosto de me lembrar, amor a primeira historia...

E foi assim que desenvolvi minha coluna, contando algo em que sou apaixonada historias de amor. Porque sempre acreditei que poderia se encontrar o amor na fila do pão ou do mercado, ou indo ao dentista.

Então foi assim que tudo começou e irônico eu escrever sobre essas historia e nem ter acontecido comigo, mas isso é outra historia assim como as historias do meu avô.

...

Pequenos Contos RomânticosOnde histórias criam vida. Descubra agora