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" No outro ano eu implorei para voltar a casa de praia

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No outro ano eu implorei para voltar a casa de praia. Minha esperança era te encontrar de novo.

Aquele ano depois de te conhecer, foi o ano em que não me senti sozinha. Eu tinha minhas palavras, e elas eram o suficiente enquanto não tinha você.

Voltamos então. Um ano depois. Eu já tinha meus dezesseis anos.

E foi naquelas férias, que assinei minha passagem sem volta para um grande acidente.

Já tinha quatro dias que estávamos lá. E você não aparecia. Deus! Eu fiquei tão decepcionada. Acreditei que você não viria de novo.

Fui afogar minhas expectativas frustradas na praia. Afinal, a lua e as estrelas já estavam acostumadas a serem testemunhas das minhas crises solitárias.

Eu escrevi durante tanto tempo que minha mão poderia cair. Quando nada parecia mais fazer sentido nos papéis eu os larguei e deitei na areia ainda aquecida.

Foi aí que ouvi sua voz. Pela primeira vez. E meu Deus! Sua voz era como melodia para meus ouvidos. Ela se tornou minha música favorita.

— Vejo que está nervosa. — Dylan se sentou ao meu lado e eu me sentei também.

— Ah... — perdi as palavras.

— Te vi ano passado. — ele jogou os cabelos para o lado. — Aqui nesse mesmo lugar. A menina de olhos castanhos que parecem estrelas.

Você sabia jogar. E estava acostumado a ganhar. Mas não conhecia meu jogo. Então dessa vez eu tinha uma breve chance de sair vencedora. Mas ela era breve.

Então você me perguntou meu nome.

— Angel. — eu respondi.

— Acho que esse nome foi feito para você de certa forma.

Você era bom. E me fazia sentir única com suas palavras. Você sabia usá-las.

Você poderia dizer as mais belas mentiras contanto que as usasse somente comigo.

Eu reparava em todos os seus detalhes. Desde o sorriso que desenhava seus olhos, até as belas mentiras que dançavam eu sua boca.

Me lembro que você me contou um pouco sobre você. Nada comparado ao que eu te contei sobre mim. Você era exatamente como a noite. Misterioso, e se igualava a frieza da mesma.

Então você se despediu.

— Te vejo amanhã então?

— Desde quando você combinou de me ver amanhã?

— Você sabe que vamos nos ver amanhã.

E eu sabia. No outro dia nós nos vimos. E eu sabia que deveria aproveitar aquele como o único. Porque depois você passaria para outra, e eu seria esquecida.

Então você me encontrou na praia. Usava uma camisa preta e eu ri de você porque estava um calor de matar.

Você disse que preto era a sua cor da felicidade. E automaticamente se tornou a minha também.

Andamos sob a areia da praia. Se alguém nos visse de longe acharia que éramos um casal apaixonado. Mas é difícil e improvável o diabo se apaixonar por um anjo.

Você era perfeito Dylan. Era como encontrar abrigo em um lugar desconhecido. Ser abraçada por algo quente em uma noite fria.

Eu queria esquecer de tudo antes de te conhecer. Porque quando te conheci, foi que percebi que comecei a viver.

Você me mostrou infinitas possibilidades de ser feliz. Me mostrou a liberdade, e que eu poderia sim ser amada pelo que eu era. Você me amou. Isso eu posso ter certeza. Você me amou, porque eu te conhecia. Não sei quando nem como nem o porquê. Mas em algum momento você sentiu por mim o que eu sentia por você.

Eu te contei coisas que eu não contaria a ninguém. Eu confiava em você. Você confiava em mim. Éramos peças que se encaixavam.

Naquele mesmo dia você me puxou pelo braço e me colocou dentro de uma lancha. Você iria pilotar aquilo. Eu ri e você riu de volta, ah Dylan, eu queria tanto ver seu sorriso mais uma vez.

— Você vai pilotar isso? — abri os braços mostrando a lancha na qual nos encontrávamos.

— Relaxa Angel. — ele arrumou as coisas para podermos sair.

— Você sabe que é um doido né?

— Você gosta de loucuras. — ele piscou.

— Nunca disse ao contrário.

Eu amava loucuras. Isso é comprovado porque amava você, mas você não conhecia o amor."

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Até o próximo!

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Sempre sua, Angel BenzOnde histórias criam vida. Descubra agora