Poesia (eu)

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Eu sou uma poesia
esculpida por uma métrica
que ao olhar provoca sinestesia
e compromete o conteúdo por heresia.

Eu deixei você me ler
na esperança de você ver
a beleza de cada verso; descrever
a sensação; através da fala deixar transcrever.

Você saboreou as rimas,
se satisfez na borda dos versos
sem se interessar pelo tema.
Fui confundida com uma poesia ínfima.

Você foi apenas um autor parnasiano,
à primeira vista confundido com um lusitano.
Fez eu me sentir como uma musa de Caetano
e depois me deixou como se tivesse cometido um engano.

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