No dia seguinte acordei com gritos. Quem estava gritando? Pietra.
-Pietra, por que você está gritando?
Ela para de gritar e fala:
-Porque você não acorda e vai se atrasar para aula.
Ela sai do quarto e percebi que estou sozinha. Fui ao banheiro, tomei banho. Vesti o moletom e fui para tal aula. Assim que cheguei à sala, dei um toque e entrei. O professor me olhou e disse:
-Eu não disse que a senhorita podia entrar! - olha bravo para mim- Aluna nova?
Fui para uma cadeira vaga, sentei e disse:
-Sim.
-Tá bom, senhorita. Sou Phillipe Adams, professor de Álgebra. Apresente-se para gente. -o professor fala.
Levantei da cadeira, mas quando ia falar meu nome o professor me interrompeu, dizendo que era para eu ir à frente. Fui até lá e disse sem paciência:
-Oi. Sou Luna Madson -voltei ao meu lugar e sentei.
-E sua idade? -Disse o professor.
-17 -respondi.
-De onde veio e por que veio? -novamente ele pergunta.
-Sou daqui mesmo. Vim porque me obrigaram. Mas aqui tá melhor que lá -digo baixo a última parte.
-Como é? O que disse no final? - Sr. Adams pergunta.
-Nada -Digo sorrindo sem mostrar os dentes.
Depois dessa pequena apresentação, ele começa a explicar a matéria, até que ecoa o sinal nos informando que estava no horário da próxima aula.
Pus o capuz, abaixei a cabeça e cochilei.
Alguém entrou na sala, batendo a porta e me fazendo acordar com uma grande dor de cabeça. Vi que era o professor. Ele entrou e disse:
-Bom dia meus alunos queridos! -sorri- Para os que não me conhecem, sou o professor de física, Pedro Smith, mas podem me chamar só de Pedro.
Gostei do professor. Ele parecia ser bem legal. Alto, moreno, bonito, mas com cara de louco!
Ele olhou para os dois alunos novos que estavam na primeira fileira e perguntou os nomes e apertou as mãos deles. Olhou para ver se tinha mais alguém, mas não me viu.
De repente, ouço alguém falar:
-Pedro, tem uma garota nova lá no fundo -fala para o professor e todos me olham, inclusive o Pedro.
O professor sorriu, olhou para mim e perguntou:
-Interessante seu estilo! Qual é o seu nome?
-Luna, Luna Madson -olhei para ele, mas sem muito ânimo.
Percebi que ele não me viu bem por conta do capuz e disse:
-Por que usa capuz? Não quer ser vista?
-Não! -Digo baixo- É que eu tô com frio.
Ele diz que tá ok e começou a explicar. Quando ele falou, bateram na porta. Entrou aquele garoto da noite anterior que me fez cair.
Ele olhou o professor e pediu desculpas. Pedro pediu para que ele sentasse. Por algum motivo, a única cadeira vaga era ao meu lado. Revirei os olhos quando ele chegou perto. Ele sentou, olhou para mim e disse:
-Você não é a tampinha de ontem? -Riu baixo. Olhei para ele brava e ele riu mais- Ai! Uma smurf brava!
-Smurf é você! Eu sou alta! - Revirei os olhos e voltei a atenção ao professor.
-Ela ficou chateada! -falou com deboche na voz- Coitadinha!
Parei de prestar atenção nele, finji que nem existia e ele falou:
-Tampinha, desculpe? -Riu irritantemente irritante
Não respondi e ele ficou me enchendo a paciência para que o desculpasse, mas continuei calada, até que o professor falou:
-Senhor Carter, estou interrompendo a sua tentativa de conquistar a Senhorita Madson!? -falou sério e todos riram, inclusive eu.
-Não senhor! -ele falou envergonhado e eu ri.
Mas ele falou baixo no meu ouvido:
-Parece que a tampinha sabe rir -ele virou para frente e ficou quieto.
Que garoto chato! -pensei
Passaram mais dois tempos de física e foi o intervalo. Todos saíram e eu depois. Fui ao pátio e sentei sozinha. Peguei meus fones e fechei os olhos. Senti alguém me cutucando e vi que era aquele garoto insuportável que me chama de tampinha.
-Novata... Deixa eu te falar. Esse lugar aqui é só para os populares, então, sai fora! -pus meus fones de volta e senti o "Sr Carter" tirando-os - Sai logo garota!
-Não vou sair e você não toque nos meus fones! -sorri cínica.
Pus os fones novamente, fechei os olhos, e assim que os fechei, senti alguém me pegando no colo erguendo-me do chão. Tiro os fones e grito:
-Para, girafa! Coloque me no chão agora! -Gritei e senti o garoto me pondo no chão. Dei um tapa nele e ele falou:
-Tampinha e agressiva... -ri- Parece uma formiga, mas não pode sentar lá! - E foi para onde eu estava sentada.
-Você é insuportável! -gritei para ele, todos os que estavam juntos dele riram e ele me mandou um beijo.
Na hora que virei para outro lugar vi uma pessoa atrás de mim. Na hora vi o David. O David!? E pulei em seus braços agarrando o bem forte.
-David! -Exclamei bem feliz! Ele retribuiu o abraço e pergunto o que veio fazer aqui?
-Vim ficar perto da minha Smurf -sorriu e me deu outro abraço forte- Como você tá, pequena?
-Tô bem tirando o fato de estar com muito sono e aturando um idiota na sala -revirei os olhos- e você?
David riu de mim e disse:
-Tô bem - olhou pra mim por inteiro- por que está de moletom nesse calor?
Olhei para ele e ri:
-Tá com fogo, anjo? Tá frio demais, isso sim!
-Madson, tá calor! - e me olhou desconfiado- O que houve para não querer tirar esse casaco!?
-Nada ué! -tentei desviar o assunto- Você vai ficar em qual quarto?
-A diretora disse que vou ficar no 19. Com um garoto chamado Yago Carter e Dylan Mitchel.
-Sinto pena! Esse garoto é insuportável! -e riu.
-Ai Luninha, tá ficando velha!
-Velha!? O garoto me derruba, me chama de tampinha, me irrita nas aulas e eu que sou a velha? -Digo brava.
-É -ele ri- aposto que ele é mais legal do que você pensa.
-Aposta quanto? -Digo maliciosa.
-Aposto... Aposto... Se você ganhar você descobre o que ganha -sorri e estende a mão.
Aperto a mão dele e digo:
-Fechado! Se você ganhar você escolhe o que quer.
O sinal de fim de intervalo toca e vamos para minha sala, vamos para meu lugar. Sento e o Williams senta no do Yago Carter. Ficamos conversando até que o Carter chega e diz:
-Quem é você e o que está fazendo no meu lugar? -diz para Williams.
-Tô plantando abacaxi não tá vendo? -revira os olhos e continua conversando comigo.
Carter fala:
-Sai fora do meu lugar, irmão -fala com cara de bravo.
-Yago Carter, educação é bom e se usa! -Digo grossa com ele.
-Como sabe meu nome, Madson?
-Sabendo. Tenho bolinha de cristal -reviro os olhos e ouço alguém gritando depois que todos entraram:
-Yago cantou a novata e ela já deu o fora nele -todos riem, inclusive eu e o Williams. O professor Pedro entra e diz:
-Yago, o que faz em pé? Não tem cadeira não?
-Tem, mas o amiguinho da novata sentou no meu lugar. -serra os olhos para gente.
-Tanta cadeira e você tá se preocupando por que o garoto sentou ao lado da garota que você gostou!? Pelo amor de Deus, Yago! Sente-se já!
Ele pega as coisas dele, senta numa cadeira vazia do meu outro lado e eu reviro os olhos. O professor diz:
-Sentou ao lado dela novamente! Satisfeito, Yago? -Carter nem responde- Quem é o amigo da Senhorita Madson?
David levanta a mão.
-Bom... A diretora me falou que você chegou agora, mas não esperava que já viesse para aula, Senhor Williams... Se apresente para turma aqui da frente.
Ele levanta sem vontade, vai lá na frente e diz:
-Oi. Sou David Williams.
Vejo as meninas "babando" por ele. O professor fala:
-Quantos anos você tem?
-Tenho 18, professor.
-E por que veio para cá? -pergunta quando Williams vai andar, mas para e responde:
-Vim porque a minha melhor amiga, Luna Madson, veio para cá e eu não queria ficar longe -sorri para mim que estou corada e o professor diz:
-Yago, ele acabou de chegar e já fez mais progresso que você -todos riem.
Williams sentou e a aula continuou.
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Minha História, Minha Dor
Teen FictionLuna, uma garota comum com uma história incomum... Ela era feliz, mas algo aconteceu. O que houve? Simplesmente sua mãe morreu... Uma dor indescritível... Uma dor que melhora...