Eu gosto de andar de skate, mas tia Pâmela me proibiu de usá-lo. Por quê!? Porque, para ela, isso me torna menos garota... Infelizmente não posso mudar os seus pensamentos, mas mesmo assim, saí com ele; e hoje, para ser mais exata.
Já que Pâmela iria brigar comigo se visse o meu skate na mão, escolhi pular a janela. Não era tão alto, do meu quarto ao chão. Então pulei! Mas minha tia estava na porta com seu marido... Para minha sorte consegui sair rapidamente; ela gritou, mas eu segui...
Fui em direção a praça e chegando lá, desci do skate, peguei meu celular e andei. Até que, senti que bati em algo, ou melhor, em alguém. Quem? David!
Assim que senti meu corpo indo de encontro ao chão, gritei para muralha:
- Não vê por onde anda!? Tá pensando o quê!?
A tal muralha começa a rir e diz:
- Ninguém mandou você ser essa smurf, Madson!
- David, tu me respeita, hein! Eu não sou nenhuma smurf! Sou alta!
David diz:
- Luna Madson, onde você é alta? -ri- Tu é uma smurf cega e teimosa!
Olho para ele e digo:
- Sou alta, enxergo muito bem... Teimosa posso ser -rio-
- Agora me ajude a levantar, já que me derrubou. Seu sem graça!
Ele olha para mim, estica a mão e me levanta.
- Obrigada, Williams! -levanto-
- Não vai me abraçar?
Ele me olha, me abraça e diz:
- Oi pequena... Como está de skate? Sua tia não tinha proibido?
Olho para ele com cara de criança e rapidamente digo:
- Eu fugi né...? Ela me viu pulando a janela, gritou, mas eu fui mais rápida... Aposto que quando chegar ela vai me deixar de castigo.
- Luninha... você é completamente maluca! Por isso te amo, sabia!?
David fala e me puxa para sentar num banco.
Sento e depois respondo:
- Sou nada maluca... Sou uma princesinha -rio-
- Também te amo, chatinho da minha vida.
Ele sorri e me dá um beijo na bochecha. Sinto meu rosto vermelho e o Williams ri.
- Ei! Williams, para de rir! Não tá vendo nenhum palhaço!
- Não vi palhaço, vi tomate! -ri
E pega na minha bochecha dizendo:
- Minha tomatinha!
Reviro os olhos e percebo que está ficando tarde.
- Williams, tá na hora de voltar para casa. Você me leva?
- Claro, smurf!
Ele me olha com cara de criança sapeca. E diz:
- Te levo sim.
- Obrigada. Eu respondi.
- Vamos?
Olho para ele, levanto, subo no meu skate e grito:
- Se você conseguir me alcançar!
Digo e saio rápido no skate.
- Você vai perder!
David sai correndo e gritando para que eu o espere. Paro um pouco, ele fica ao meu lado e ofegante fala:
- Você roubou!
Assim que sua respiração melhorou, ele me puxou para sair de cima do skate e começou a fazer cócegas. Ri muito, depois nós fomos andando para minha casa. Já na porta, vejo duas pessoas me olhando com as piores caras do mundo... Olho para David e digo:
- E a chatice voltou! -rio
Decepcionada, falo baixinho...
- Como queria não ter que voltar...
- Pequena... vê se se cuida!
Ele beija minha testa, dá um abraço e diz:
- Te amo, smurf.
-Também te amo, meu amor!
Sorrio e vou caminhando até a entrada. Escuto minha tia gritar comigo.
- Garota, você não tem jeito mesmo!
Vem de encontro a mim e pega forte no meu braço
- Vou te mandar para um internato, sua ingrata!
Olho para minha tia e estática digo:
- Internato!? Por quê!? O que eu fiz!? -Vejo que minhas malas estão prontas e na mão do Sérgio, o marido da minha tia.
- Por que minhas coisas estão nas mãos dele!?
- Você vai, querendo ou não! O que fez!?
Ri irônica!
Você saiu de casa de skate, só me arruma problemas e o pior, matou minha irmã!
- Eu não matei a mamãe!
Sinto meus olhos cheios d'água.
- Vai logo! Diz tia Pâmela pra mim.
- Sérgio, tira essa garota daqui!
Olha pra mim e duz;:
- Não quero te ver mais!
- Tá bom. Eu vou, titia Pâmela!
E rio! não permitindo que as lágrimas escorressem pelo meu rosto
- Tchau titia!
- Vai logo, garota! Responde ela.
Entro no carro do Sérgio e vamos a caminho de um internato. Ele me olhando com nojo e eu de fone nem dou bola para ele. Quando chegamos no tal internato, ele me expulsa e diz:
- Vá na diretoria. Fale com a diretora Vanessa e não arranje problema para mim e sua tia.
Saí, peguei minhas malas e o vi ir embora. Fui até a diretoria, bati na porta e entrei. A provável diretora disse:
- O que é isso menina!? Mais educação por favor... Não tinha dito que podia entrar!
Olhei, revirei os olhos e respondi:
- Já sei que é a diretora Vanessa. Muito prazer, sou Luna Madson.
E sorri com um ar cínico.
- Já esperava você... Respondeu a diretora Vanessa. E continuou...
- O prazer é meu, queridinha. Seu quarto é o 17 no 2º andar. Dividirá quarto com Yuri e Pietra. Vá, arrume-se e vá direto para aula! Pegue seus horários com a Lúcia.
Saí de sua sala, peguei meus horários e fui para o quarto. Cheguei e não tinha ninguém, provavelmente estavam nas aulas. Arrumei minhas coisas e deitei na nova cama. Estava com tanta dor de cabeça, que assim que deitei peguei no sono.
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Minha História, Minha Dor
Novela JuvenilLuna, uma garota comum com uma história incomum... Ela era feliz, mas algo aconteceu. O que houve? Simplesmente sua mãe morreu... Uma dor indescritível... Uma dor que melhora...