Nossos monstros

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A múmia em seu caixão
Enrolada em seus panos
Com toda sua riqueza ao redor
Seus conhecimentos foram gravados
Nas paredes

Mas sua mente já não pensa
Enrolada em seus panos
Em seu descanso eterno
Com suas conquistas
Que são apenas histórias passadas

Volta há vida em tempos modernos
O mundo está diferente, e tudo é estranho fora de sua pirâmide.

Os monstros ganham vida
E hoje são aplaudidos
Os vilões do passado são
O tipo almejado nessa distopia

O vampiro que andou escondido
Pelas sombras sai ao sol
Com protetor solar

A sede do vampiro é insaciável
E nós mortais desejamos a imortalidade e ter os poderes dos vampiros

Após se fartar de sangue continua vazio o vampiro, imortal ,mas sem vida, que se encontra com a múmia

A múmia não tem o que ele almeja
Ele quer sangue, e ela faz o possível
Para se encaixar em seus desejos
Mas nunca é o suficiente para os monstros desalmados e frustrados

Apesar de tudo os monstros tem sentimentos, e procuram uma utopia
Em meio ao caos.
O vampiro quer ajudar a múmia a encontrar a vida, mas ele está morto.

E nessa noite de luar os monstros somem e voltam aos seus caixões
Onde descansam em paz.

E tudo isso não passou de um sonho
De um garoto que acorda suando na noite, contando essa estória louca aos seus pais.

"Gabriele Tenório"

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