Do ódio ao prazer

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Acordava cansada sabendo que os dias iriam se repetir, novamente é segunda,mais um dia de feira.

O relógio despertava e isso me causava angústias, meu corpo, minha mente, meu espírito estavam exaustos
Mesmo não me dando ao trabalho
Vivendo no stress e tédio
Sem meios termos

Sem respeito, nem méritos
Uma existência medíocre
Seria até abaixo da média
Se a sociedade não fosse
Tão desconstruída.

O trabalho era um fardo
Que reclamando eu carregava
Todos os dias, que ódio
De lidar com pessoas
Logo eu a introvertida e preguiçosa

Chegava em casa e a janta era um prato de desaforo e confronto que trouxe do serviço, me pegava chorando entre esquinas

Chorava pelo desrespeito
Mesmo que eu respeitasse a todos
Por me esforçar e sentir que nunca era suficiente, porque realmente não era.

Mas quando conhecemos a nós mesmos
Nada pode nos ofender, quando aprendemos a aprender podemos nos adaptar ao mundo

Não sou a melhor profissional,
Medíocre até, porém me dei ao gosto,
Aprendi que devemos servir ao trabalho para que ele possa nos servir

Com simpatia e empatia
Me reconstruindo a cada dia, que do ódio virou prazer
O bom trabalho de cada dia.

"Gabriele Tenório"






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