Aiai... Ter que pegar roupa, guardar roupa, espalhar no balcão. Fazer uma montanha ali e a pessoa falar “Vou der mais uma pesquisazinha, ai eu volto”. Vontade de meter uma chinelada na cara de uma praga dessas!
- Ai, Deus. – eu resmungo dobrando as porra das roupas. – Tomara que tropece na rua uma desgraça dessas!
- Que foi Anne? – uma das vendedoras a Veronica chegou perto de mim.
- A famosa “depois eu volto”. – eu reviro os olhos.
- Aff, são os piores. – ela concorda. – Não duvido que fazem de proposito! Se juntam pra atacar as lojas assim!
- Não duvido! – eu dou uma risada. – Depois sobra a zona pra gente limpar!
- A pior parte.
Fico meio avoada um tempo, e sinto ela tocando meu ombro.
- Que foi?
- Parecia uma tonta perdida em pensamentos... tá sempre assim... tem alguém ai dentro tirando sua concentração?
- Por que acha isso? – acabo corando.
- Andando avoada pelos cantos, tem jeito que ta pensando em alguém..
- Talvez. – respondo sorrindo. – Mas não sei se vai dar certo.
- Mas você quer?
- Quer o que?
- Quer ele, oras! Ou é ela e não sabia?
-É ele, mas quero sim. Mas o caso é se ele quer também.
- Não vejo problema. Pede pra sair, da umas namoradas, transar...nem precisa compromisso.
- É, pode ser. – pego as roupas dobradas e vou arrumando nos seus lugares. Algumas pego e vou ali nos cabideiros que ficam no meio da loja.
O dia estava se arrastando. Dia mais cansativo. Fora que tive que conter umas crianças bagunceiras que ficavam querendo se enfiar no meio das prateleiras da loja.
- Eles são muito ativos. – disse a mãe dos “anjinhos”.
- São mesmo. – dei uma risada daquelas de falsiane. Nunca que deixaria um filho meu fazer um coisa dessas. Aprendi com a mamãe, que só me olhava nos olhos com aquele olhar, e já sabia que em casa tinha acerto.
- Depois dessa, eu vou pensar 2 vezes antes de ter um filho. – resmungo para Veronica e algumas meninas que estavam ali perto.
- Eu que não quero. Se um filho meu aprontasse isso, eu já tirava o chinelo. Eu já chorava só com a minha mãe olhando com cara feia pra mim. Antigamente era diferente.
- Os pais estão diferente. – comento enquanto arrumava algo ali no balcão e desligava o computador. Vejo que as meninas pararam de falar e estavam falando baixo. – Que foi gente?
- Olha o gato que entrou agora aqui. – Veronica apontou para a frente da loja e olhei. Pqp. Até ali ele me atenta.
- Tom. – minha voz quase não sai. Veronica percebe minha cara de boba e já sorri.
- É o carinha que você gosta?
- É. – respondo meio sem jeito. – Ele que é meu instrutor...
- Gente menina. Como você aguenta ficar dentro de um carro com ele? Eu já não ia aguentar não. Já tinha pulado pra cima dele!
- Eu do um jeito. – dou uma risinha. – Vontade não me falta.
- Vai lá atender ele. – ela me diz. Na verdade eu queria deixar outra pessoa ir lá, mas Veh já me empurrou na direção dele. Esses meus amigos me aprontam cada uma. Me aproximo dele, percebendo que ele estava vendo algumas camisas sociais. Estava lindo ali, com aquela jaqueta de couro.
- Posso te ajudar, senhor? – falo de um modo meio tímido. Ele já vira pra mim.
- Anne... oi. – ele fala surpreso e me da um beijo no rosto. – Não sabia que trabalhava aqui...
- Faz algum tempo. – respondo mordendo os lábios. – Então, está procurando algo em especial?
- Camisas sociais... – ele diz. – Algumas camisetas normais.
Então vou atender ele. Mostrando algumas camisas sociais melhores que tinha na loja. E mostrei algumas camisas que sei que ele ia gostar.
- Essa cor vai ficar linda. – digo mostrando umas em diferentes cores se azul. – Vai combinar com seus olhos.
- Acho que vou levar então. – ele fala.
Deixo todas em uma sacola arrumas e entrego pra ele, e recebo em dinheiro mesmo.
- Você não ia ir embora Anne? – Veronica disse quando estava arrumando algo perto da gente.
- Estou esperando a minha carona. Mas pelo que vi. – olho a hora no relógio. – Ele não vem.
Meu celular vibra no bolso.
- Falei. – pego o celular e vejo uma mensagem do Louis falando que ia sair com Anthony. – Meu amigo vai sair com o namorado.
- Se quiser eu posso te dar uma carona. – Tom diz, quando pega o troco que entrego a ele.
- Não preciso se incomodar, eu pego um taxi, um ônibus.
- Anne, eu insisto.
- Ah, tá bom. – digo meio sem graça. – Só vou terminar uma coisinha..
- Pode ir Anne. Eu fecho aqui.
- Então tá. – pego minha bolsa e me despeço das meninas e saímos da loja.
- Minha moto esta por aqui. – ele diz enquanto caminhávamos pela calçada.
- Moto?
- Sim. Eu gosto mais de moto. – ele se aproxima de uma moto ali. Muito bonita. Tira um capacete que estava ali e me entrega e pega outro pra ele. – Tudo bem pra você?
- Tudo bem. – coloco o capacete e sentou ali, atrás dele, passando meus braços ali na cintura dele, pra me apoiar. Ele sai com a moto.
Como não sou boba nem nada, aproveita pra ficar apertando a cintura dele, e aperto ele por cima da calça.
- Anne... por favor. – ele pediu com um gemido. – Assim vou acabar batendo essa moto. Não que sua mão me apertando assim não seja bom, mas, tenha dó de mim.
Dou mais uma alisadinha de leve, e tiro a mão dali.
- Tudo bem. – digo soltando um riso.
Chegamos na porta da minha casa e ele estacionou. Desço as moto e lhe entrego o capacete. Ele também desde da moto
- Obrigado pela carona. – me aproximo pra dar um beijo no rosto, mas ele me puxa pra perto dele e me tasca um beijo que por Deus do Céu! Que beijo foi aquele. Meus braços vão parar envolta do pescoço dele, enquanto as dele me apertavam na cintura e depois iam pra minha bunda, onde alisou ali. Ele se afasta e leva os lábios para o meu pescoço onde distribuía beijos, lambidas e mordidas. O que me fez gemer baixinho.
- Não sabe o quanto queria fazer isso. – ele diz enquanto mordia minha orelha, mas se afasta. – Preciso ir andando.
- Ah tá. – eu solto um sorriso mas antes dele colocar o capacete de novo, lhe dou beijo. – Até amanha na aula... não posso esperar.
Entro em casa e já me deito no sofá, sorrindo feito boba. Ainda sentindo os lábios deles no meu. Tenho que agradecer ao Louis por isso.
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Dangerous Driving
FanfictionA pessoa mais sem noção no volante, decide fazer aulas em um Auto Escola... e acaba conseguindo mais do que aulas práticas.