O meu alfa

C.a.p.í.t.u.l.o n.o.v.e

Ao chegamos, não acreditei na casa que estava vendo, casa era eufemismo, era um castelo, sem tirar nem pôr, o jardim era perfeito e percebi uma grande movimentação por lá.

— Encantada? Eu também fiquei quando vinha aqui quando mais jovem, os Walkers são uma família antiga, dona de grandes empresas, porém, são pessoas simples e maravilhosas, o filho deles estuda com você, o jovem Apollo é muito cortês e inteligente, vocês com toda certeza se darão muito bem — Ela falou dando uma ênfase estranha, no bem, mas só conseguia pensar na droga da situação, não estava tão bonita, mas foda-se somente um garoto que pensa que você é comprometida, sua burra, me chutei mentalmente.

— Ninaaaaaaaa — Gritou uma voz conhecida, era a animada Alicia, está cumprimentou minha tia com dois beijos no rosto, amigavelmente.

— Oiiii — Eu já gostava bastante dela, e nem havia percebido.

— Vem está todo mundo te esperando.

— Nossa eu estava atrasada e nem sabia — Disse fazendo graça e já andando, e dando um aceno para minha tia que sorriu como se aprovasse e seguiu o caminho da entrada.

— Não você chegou na hora certa, a galera só fala de você eles te adoraram.

Demos a volta pela propriedade, e logo vimos um grupinho, era o pessoal, nada mal Nina, recém-chegada e já tem um grupinho, pensei feliz comigo mesma, porém a primeira pessoa que eu vi foi ele, lindo como o pecado.

— Oi! gente — Balbuciei nervosa com a presença dele, qual era a minha, ele era só um cara, por Deus preciso ser mais coerente, com coragem assumi uma postura firme e impenetrável, olhei dentro dos olhos de cada um inclusive os dele rapidamente, ele não parou de me encarar, será que estou muito feia? Porque ele não para com isso, vai acabar com minha armadura.

— Oiii Nina — Disseram todos em coro.

— Linda — Disse Apollo.

Fiquei confusa, não devo ter ouvido direito.

— Como?

— Eu disse que você está...

— Ele disse que quer te levar para conhecer a propriedade! Não é Apollo — Disse Sharon revirando os olhos, de uma coisa tenho certeza não foi isso que ele disse.

— Sim, isso que eu iria dizer — Disse sorrindo como uma criança que fez algo errado, droga conhecer a propriedade iriamos sozinhos?

— Vocês vão também gente? — Perguntei esperançosa.

— Desculpe Nina, todos conhecemos isso aqui desde a infância... Não é povo?

— Sim, é mesmo — Esse pessoal era coro de escola, falavam tudo junto, pareciam que liam as mentes um dos outros.

— Vamos então — Disse Apollo estendendo a mão, fudeu, aqui não querido, está pensando que nasci ontem, pegar na minha mão? Atah, segurei o braço dele ignorando sua mão máscula, aff tudo nele era perfeito, cara chato, o braço dele era muito quente, não estava frio e deu para sentir isso.

Fomos andando e o idiota, não parava de sorrir, vimos uma árvore, maravilhosa e exclamei um nossa que linda.

— Você nem imagina o quanto — Ele disse olhando dentro dos meus olhos e parando, já estávamos longe das vistas do pessoal, e estava receosa.

— Sim é uma bela árvore, vamos? — Falei puxando o braço dele.

— Espera, aqui já está bom, quero falar com você. — Disse ele juntando a sobrancelha.

— Pode falar então — Disse nervosa.

— Você o ama?

— Quem. — Indaguei

— Seu... Seu namorado.

— Sim, claro, embora a distância dificulte as coisas nós nos amamos — Menti descaradamente, vou para o inferno. — Porque algum problema Apollo?

— Repita.

— Eu o amo.

— Não isso — Disse quase bravo com minha afirmação — Repita meu nome.

— Apollo — Disse incerta.

— Droga — Ele ofegou — Me desculpe Nina, mas eu não aguento — Ele andou um passo à frente, estava próximo demais, mordi o lábio nervosa, e ele rosnou, parecia um lobo, me afastei um passo e ele me segurou pelos ombros com os dois braços, ele me olhava como um predador.

— O .. o que está fazendo???

— Shiiiiii, quietinha, preciso que fique calma, eu só... — Ele parou de falar, e colocou meu cabelo atrás da orelha, me arrepiei da cabeça aos pés.

Ele foi aproximando o rosto, e percebi sua clara intenção de me beijar, NÃO! Eu não podia trair meu namorado imaginário, que fama eu iria ter? Virei o rosto com a também clara intenção de não corresponder.

Ele abaixou a cabeça e me olhou como se tivesse sentindo dor, tirei os braços dele de mim e só corri.