C.a.p.i.t.u.l.o t.r.ê.s

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Nina

O resto da manhã foi normal, não encontrei o senhor olhos negros e nem ninguém conversou comigo, todos pareciam imersos em seus próprios grupinhos pra lembrar de uma caloura de meio semestre, cumprimentei as pessoas, mas estas não estavam muito afim de fazer amizade, não passou de comprimentos.

Ao chegar na minha nova casa com ajuda de Adriano, meu próprio chofer, com quem fiz amizade, olha que chique! Estava já nessa hora morta de fome, minha tia estava em uma reunião de negócios e resolvi almoçar junto aos empregados, fiz amizade com a tímida Olívia que com seus cabelos castanhos e rosto pálido possuía apenas 22 anos, a cortei no primeiro senhorita que ela ousou proferir e disse que podia me chamar de Nina, e assim ela o fez.

Ao chegar na minha nova casa com ajuda de Adriano, meu próprio chofer, com quem fiz amizade, olha que chique! Estava já nessa hora morta de fome, minha tia estava em uma reunião de negócios e resolvi almoçar junto aos empregados, fiz amizade com a...

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Estava deitada na cama, bolando planos para fazer novas amizades, amanhã iria mais bonita, e arrumadinha, já que hoje fui só a capa do Batman.

Ousei fazer um desenho dos meus pais, me fazendo descer várias lágrimas pelos olhos, e pela primeira vez me entristeci por ser tão boa desenhista e perfeccionista, a riqueza de detalhes me fez lembrar do brilho do olhar dos dois, trocaria toda aquela riqueza agora ao meu dispor, por um momento de despedida adequado com eles.

A palavra "talvez" ecoava em minha mente, e se talvez eu tivesse ido com eles? E se talvez eu tivesse pedido para eles ficarem?.

Liguei para Marcus, ele sabia me alegrar.

Minha história com Marcus é longa, amigos de infância, um amor não correspondido e a confirmação de uma eterna friendzone, nem eu mesma entendia porque não possuía sentimentos românticos por ele, afinal ele era totalmente meu tipo, educado, romântico e divertido, no final me achava tola por isso.

- Minha rosa? Porque esta chorando?

Perguntou ele depois de uns 2 minutos de conversa no telefone.

- O mesmo motivo de sempre meu amor, eu sinto a falta deles.

- A vida é sempre injusta minha bela, há coisas que acontecem que desconhecemos a razão, não te julgo, afinal ninguém é forte o tempo todo, e você tem sido forte esse tempo inteiro, chore, desabe, mas sempre se lembre dos seus pais e da pessoa maravilhosa que eles criaram, para nunca verem sofrer, para se reerguer, afinal você já é um mulher, e como mulher tem esse direito de querer culpar a vida, mas sorria pelas pequenas bênçãos que lhe foram dadas, ainda que sejam difíceis de se enxergar neste momento, conte comigo sempre estou aqui para lhe escutar.

- VOCÊ É PERFEITO, eu queria poder te amar como você me ama, só assim eu poderia te agradecer pelo amigo perfeito que você é.

- Não se culpe, o coração tem suas razões, eu que sou tolo e vamos falar de você agora, não vamos entrar nesse mérito.

- SIMM

Dito isso conversamos por horas a fio, como sempre tínhamos bastante assunto e ele me fez esquecer de minha tristeza.

Tempos depois eu já estava dormindo e ao acordar, fui direto para o celular, que não tinha nenhuma mensagem ou algo legal, até o meu insta tava parado.

Ao cair da noite, resolvi que ja haviam se passado horas que eu havia comido, sem contar uma banana que eu comi a pedido de Olívia, então como mas regras da casa as 7 horas era a hora da janta, isso significava que faltavam 1 hora, e dando uma escapulida na cozinha, vi tia Ava em versão cozinheira, fazendo sua famosa torta de maçã, na minha infância eu e minhas primas adoravamos esta torta, e não é porque cresci que deixei de gostar.

- Minha querida, tenho deixado-a sozinha e seu estado me preocupa, sabe que o precisar pode contar comigo.

- Obrigada tia, você é sempre uma pessoa maravilhosa, peço desculpas por me manter fechada a senhora, mas este é o meu jeito de sofrer.

- Eu notei suas lágrimas no carro.

Nesse momento fiz uma cara de surpresa, e torci a boca, será que solucei chorando e não percebi.

- Médicos são observadores, têm de ser, mas sobretudo somos discretos e acostumados a respeitar a dor alheia.

- Peço desculpas por ... - exclamei.

- Não peça desculpas querida, por favor não por isso, peça desculpas por estar se alimentando mal - Disse ela.

- Ohh sim, porque acha que vim na cozinha, estou afim de reverter esta situação ...

- Não toque na torta maior essa é para a sobremesa, fiz uma menor para você, sei como você, Kathy e Mariah, amam de paixão essa torta.

- Agora me diga, como andam os namoradinho ?

- Tiaaaa - Reclamei manhosa

- Que foi esse é o meu papel como tia, ande responda, estou curiosa, alguém bonito na escola chamou sua atenção?

Lembrei dos olhos negros sombrios, mas, embora não tenha dado tempo de reparar no resto dele, sabia que era bonito.

- Não, ninguém em especial, na real, percebi que não sou boa em fazer amizades, ou então o povo daqui é fechado.

- Segunda opção querida, a segunda opção - Suspirou melancólica - Bridget Falls, tem segredos, lobos e gente fechada.

- Lobos - Bufei

- Sim ... E o seu está mais perto do que imagina, - Falou quase inaudível.

- Vamos comer querida a torta já está no ponto para ser atacada.

Dito isso comemos.

Logo descobri que minha tia também comia com os empregados, e que a grande mesa do jantar, era só usada em visitas especiais

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Logo descobri que minha tia também comia com os empregados, e que a grande mesa do jantar, era só usada em visitas especiais.

Engatamos uma conversa animada, de alguma forma tagarela sem parar, e logo ja era hora de dormir, é amanhã será um dia cheio.

O meu alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora